Coletivo Pedagogia Para Liberdade quer transformar a educação de base no Brasil

Educação, coletivo, periferia, missão, Zona Norte, paixão, ações afirmativas, propósito de vida. Todas essas palavras se articulam e se conectam perfeitamente no discurso da empresária Daniela Benício que acaba de instalar, no Moinho, a sede do coletivo de educadores Pedagogia para Liberdade. Grupo que, há sete anos, está transformando a educação brasileira, atuando diretamente na formação de professores, sobretudo, de escolas públicas, com núcleos em Juiz de Fora, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Nesta entrevista, Dani Benício, como prefere ser chamada, fala do salto que estão dando com a criação da faculdade Somas, da necessidade de decolonizar a educação e de como as periferias são, de fato, as grandes protagonistas do processo de inclusão e transformação social. “Estar no Moinho me faz sentir extremamente coerente com o discurso da Pedagogia para Liberdade”, diz. “É uma reparação cultural que estamos fazendo”. 

Coletivo Pedagogia Para Liberdade quer transformar a educação de base no Brasil   

 

Moinho – O que é a Pedagogia Para Liberdade? 

Daniela Benício – “É um projeto coletivo que tem como missão transformar a educação de base no Brasil, formando professores que tenham amor por educação, amor pela infância, para que a gente possa repensar metodologias educacionais. Ela nasceu de uma dor pessoal em relação à formação e aos conteúdos educacionais e de um olhar para os meus filhos, para as infâncias, para tudo aquilo que a gente sente que precisa mudar. Começamos a botar a mão na massa, a juntar professores do Brasil inteiro – a maioria de escola pública -, que estão transformando a educação no Brasil. Pessoas incríveis que valorizam a cultura popular brasileira, nossa matriz cultural, ou seja, as questões étnico-raciais, de indígenas e negros. A cultura legitimamente brasileira, assim como também questões relacionadas ao meio ambiente na forma da gente se reconectar com a natureza. Há um déficit nesta relação com as infâncias, com as crianças, com os adultos, com os seres humanos. É um processo de educação que pensa em tudo isso, além da inclusão em vários aspectos, não só em relação às limitações físicas ou questões de direitos enfim, mas também a inclusão de seres humanos diferentes, porque todos nós somos diferentes. A gente trabalha também a educação para igualdade de gênero. É muita coisa. Muita coisa nasce daí.  

 

– Há quanto tempo realizam este trabalho? 

Existimos há sete anos e a pandemia fez a gente se reinventar. Começamos em Juiz de Fora, mas já estamos em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília. A necessidade do distanciamento social quebrou para sempre o paradigma da educação. Os adultos não querem voltar para o presencial. Conciliamos esse lugar do ensino a distância com imersões de experiências pessoais e coletivas. Todo mundo no mesmo espaço, convivendo junto e desenvolvendo experiências impactantes. A Pedagogia Para Liberdade é uma licenciatura em Pedagogia. É destinada a qualquer pessoa que já tenha um diploma e que entenda a educação como uma forma de mudar o mundo. Além disso, a gente tem várias pós-graduações, como a de Educação Sistêmica, que olha para a floresta, para a nossa reconexão com esse mundo e para os modelos de design institucionais. Temos uma pós-graduação em Comida, Cultura e as Infâncias que é sensacional. Uma das professoras é a Bela Gil, que estará, inclusive, nas nossas interações. Comida é cultura, e de que forma a gente pensa a cultura a partir dela? Quais são as influências da alimentação que temos no Brasil e como trabalhamos isso? Não é uma pós-graduação que vai falar da qualidade da comida, mas sobre a história da comida. Temos também uma pós-graduação de Corpo e Educação que trabalha com fluidos corporais e o desenvolvimento corporal desde a infância. Há ainda a pós em Relações Étnico-raciais que é a nossa queridinha por tratar de um tema tão importante. Isso perpassa não só a matriz africana, mas a indígena também, assim como tudo o que implica nas formas de violência, na educação antirracista de verdade, no modo como os brancos podem ser antirracistas. Crianças nascem sem preconceito. As escolas, infelizmente, têm reforçado o preconceito e o racismo. É urgente desconstruir esse tipo de educação. Outra pós-graduação que oferecemos é para Igualdade de Gênero com discussão sobre masculinidades e todas as diferenças que existem hoje no mundo. É um tema super polêmico e também super necessário.  

 

– O que é a Somas e o que o Moinho tem a ver com ela?  

A gente está dando um grande salto aqui no Moinho. Estamos fundando a nossa faculdade, que é a Somas. Uma palavra no feminino com uma infinidade de coisas que cabem dentro dela, porque somos a soma de tantas coisas e estamos sempre somando elementos na nossa vida. A faculdade está nascendo nesse contexto do Moinho que tem tudo a ver com aquilo que a gente acredita, com aquilo que a gente vê que o mundo precisa. É muito bacana, inclusive estar na periferia, porque alicerça muito dos nossos valores. A gente quebra paradigmas e acrescenta outros desafios, coisas impensáveis. Vamos começar com três cursos: Pedagogia, Administração e Desenvolvimento e Análise de Sistemas. O curso de Administração é fora da caixa com reflexão sobre pensamento integral e institucional, meio ambiente, questões socioambientais, responsabilidade social, diversidade, papel da mulher. Enfim, uma administração do século 21. É uma proposta bem inovadora, que fala de empreendedorismo, dialogando muito com os jovens de hoje. O curso de Desenvolvimento e Análise de Sistemas está diretamente ligado à inovação, às profissões do futuro e à tecnologia. Os cursos de Pedagogia e Administração têm quatro anos de duração e o de Desenvolvimento e Análise de Sistemas dois anos. A Somas está sediada em Juiz de Fora, mas vamos atuar no Brasil inteiro com interações, experiências presenciais e uma série de workshops no Moinho, para aproveitar essa estrutura maravilhosa, e em outros polos parceiros.  

 

– Em que fase de constituição está a Somas? 

Estamos cuidando da parte das legalidades, adentrando no sistema do Ministério da Educação (MEC). É um processo moroso, porque depende de órgão público. Todo trâmite deve levar de oito meses a um ano. Então, a gente acredita que, em meados de 2024, a Somas estará 100% atuante. Enquanto isso, seguimos com uma série de projetos da Pedagogia para Liberdade, que será a entidade mantenedora. Estamos ocupando uma sala no coworking do Moinho, mas vamos ampliar nosso espaço físico também para as estações de trabalho individuais. Temos o projeto de construir uma biblioteca no quinto andar, além de utilizar o espaço multiuso e o auditório. A médio prazo, vamos montar um laboratório de informática com cerca de 30 computadores. Tenho o desejo de promover atividades com a comunidade, com quem está no entorno, para qualificar os meninos, as meninas, os jovens em programação e em outras áreas que dizem respeito à tecnologia, à vida. Com certeza, daqui vão nascer vários projetos coletivos e encontros e experiências compartilhadas. Não tenho dúvida disso.  

 

– Quantos professores já passaram pela Pedagogia Para Liberdade? 

Na verdade, na casa de milhares. Graças a Deus, a gente faz um trabalho muito bonito, de profundidade. São muitas pessoas que estão impactando a educação no Brasil inteiro, nas redes públicas. Pessoas que fundaram escolas, que têm uma pegada de inovação social, de inclusão, diversidade, ou seja, tudo aquilo que a educação precisa: respeito à infância, ao meio ambiente. Nosso grupo de educadores está espalhado pelo país. Esse é um ganho enorme de diversidade. Nosso sonho é realmente chegar, fisicamente, ao Nordeste, ao Norte, (temos alunos lá), porque são regiões ricas em diversidade cultural, inovação, criatividade. 

 

– Quais as estratégias de políticas afirmativas que adotam? 

Hoje a gente tem o sistema de cotas de ações afirmativas. Temos cotas para negros, indígenas e pessoas trans. A gente acredita que a educação precisa dessas pessoas inseridas para ter diversidade na real. São várias políticas de incentivo. Em alguns cursos, privilegiamos pessoas de escola pública. A gente trabalha com pessoas que têm vocação para serem educadores, que estão realizando um propósito na vida. São pessoas que escolheram o caminho da educação, porque acreditam que é uma forma de mudar o mundo. Muitos estão fazendo migração de carreira. Tem que ter muita coragem para isso. Não temos uma educação verdadeiramente brasileira. Ela é muito colonizada. Estamos repetindo o mesmo sistema que não funciona há 50 anos. A gente tem luzes de inovação, mas inovação nem sempre implica em laboratório de informática, de robótica. A educação se dá na singularidade do ser humano. A inovação está exatamente no processo de aprendizagem, na relação do educando com o educador, na conexão com a natureza.  

 

– O que é estar na periferia, na Zona Norte de Juiz de Fora? 

Quando mudei para Juiz de Fora, há 17 anos, montei uma escola em Benfica com a oferta de cursos técnicos. Tinha uma infraestrutura maravilhosa, porque acreditava que a educação precisava ir aonde as pessoas estavam, quebrando o paradigma da centralidade. Percebi um déficit de transporte público na cidade muito sério, porque não temos um terminal de ônibus urbano, o que encarece o custo. Esta é uma pauta que a Zona Norte precisa defender para o transporte público. Fiz muitos trabalhos com as escolas públicas da região. Entendo que a educação inclusiva está na periferia, onde a maioria da população vive e onde a cultura popular acontece. A cultura periférica é a cultura brasileira. Isso é super potente, super importante. Traz uma energia de legitimidade, de estar no lugar certo, no lugar que possa gerar desenvolvimento. A periferia precisa que as pessoas acreditem nela. Precisamos contar outras histórias da Zona Norte que não sejam as de violência. Tem muitas histórias bonitas na periferia. Isso é colocar o eixo onde sempre deveria estar. É uma reparação cultural que estamos fazendo. Estou muito feliz. Estar no Moinho me faz sentir extremamente coerente com o discurso da Pedagogia para Liberdade. 

 

 

Conheça a Pedagogia Para Liberdade 

www.pedagogiaparaliberdade.com 

Infraestrutura do Moinho amplia chances de sucesso para a realização de feiras

Infraestrutura do Moinho amplia chances de sucesso para a realização de feiras Bastante populares, as feiras de produtos e serviços são exemplos de eventos que geram excelentes oportunidades tanto para expositores quanto para consumidores dispostos a encontrar em um único lugar opções variadas, além de atividades culturais, de lazer e gastronomia. Não por menos, ao longo de 2022, o Moinho tem sido palco para a realização de dezenas de feiras de diferentes segmentos, como artigos para o lar, beleza, moda, decoração e alimentos.  

 

Oportunidade para empreendedores que estão começando seus negócios, mas também para aqueles já estabilizados, mas que não dispensam o contato direto com os compradores, as feiras vão agitar o final de ano no Moinho. A infraestrutura do espaço dotada de área coberta, restaurantes, estacionamento, fácil acesso e localização na região mais populosa de Juiz de Fora são atrativos para organizadores, como a influencer e empreendedora, Kalli Fonseca.  

 

Pela segunda vez, ela escolheu o Moinho para sediar a Feira Plus Size, no sábado, dia 3. Assim como a consultora de imagem e empreendedora, Camila Vilas que, pela segunda vez, agora em parceria com a Cooperativa Empreendedora, está produzindo a Feira de Natal, no próximo dia 10.  

 

Infraestrutura do Moinho amplia chances de sucesso para a realização de feiras “Foi uma delícia poder fazer a feira no Moinho, principalmente em função de toda a estrutura e o apoio que a gente teve durante todo o dia. O período que antecedeu a feira também foi muito bacana. Estava tudo limpo, tudo organizado. Todo mundo ficou muito satisfeito”, observa Camila, se referindo também ao feedback recebido dos expositores.  

 

“O Moinho agrega, porque tem facilidades que outro lugar não oferece em Juiz de Fora. Tem estacionamento, drogaria, restaurante, choperia e isso tudo já soma muito para a realização da minha feira, porque mesmo que meu evento não oferecesse opção de alimentação, eu saberia que as pessoas teriam acesso fácil a tudo isso”, conta Kalli.  

 

“Eu amo feira em geral. Sou consumidora destes eventos, seja de qual tipo for, inclusive sou de Feira Livre, trabalho com frutas. Mas a Feira Plus Size proporciona uma questão muito além, porque há uma identificação maior com o público que a frequenta. Hoje, por dados do IBGE, a metade da população é obesa ou tem sobrepeso. E não são esses artigos que vemos nas lojas, mas nas feiras Plus Size. Tem toda essa questão de empatia, de identificação”, conta Kalli.  

 

Já a intenção de produzir a Feira de Natal está relacionada à missão da Cooperativa Empreendedora que é fomentar o empreendedorismo. Para Camila, participar de feira vai muito além do que somente vender produtos. “Acho que a visibilidade é mais importante do que as vendas. As pessoas conhecem os produtos e podem encomendar outros que não estão em exposição. A gente consegue divulgar ainda mais a marca, porque temos muita mídia também”, observa. “Outra coisa que acho legal é que os empreendedores participem de outras feiras, mesmo que não seja como expositor, para fortalecer essa cultura”, acrescenta Kalli.  

 

Infraestrutura do Moinho amplia chances de sucesso para a realização de feiras Fique por dentro 

 

Feira Plus Size 

3 de novembro (sábado) 

Das 10h às 18h 

 

Feira de Natal 

10 de novembro (sábado) 

Das 12h às 20h 

Moinho e Cooperativa Empreendedora realizam 1ª edição da Feira de Natal

Moinho e Cooperativa Empreendedora realizam 1ª edição da Feira de Natal  Em mais uma iniciativa de fomento ao empreendedorismo local, a Cooperativa Empreendedora e o Moinho realizam a Feira de Natal, no próximo dia 10, de 12h às 20h. Aberto ao público, o evento é uma oportunidade de antecipar as compras de final de ano e prestigiar o trabalho de cerca de 50 empreendedores dos segmentos de vestuário, alimentação, mesa posta e serviços.  

 

A empreendedora Camilla Diniz, à frente da Salgados Imperial, já está nos preparativos para a feira e com boas expectativas. “Para nós é uma oportunidade de apresentar nossos produtos, atingir um público maior e ter mais visibilidade. Para isso, estamos preparando itens típicos dessa época do ano, como bolos natalinos, panetones e petiscos”. 

 

Flávia Perantoni, da Ensaboa, trabalha com sabonetes decorativos e vai levar uma coleção natalina específica para a feira. “Acredito que pela diversidade de preços, nossos produtos terão uma boa aceitação, já que nessa época do ano as pessoas estão buscando lembranças para o Natal, e temos presentes com valores acessíveis.  Nossa proposta é um produto criativo em forma de sabonete que possa decorar e ser útil”.  

 

Com uma programação para toda família, o evento terá praça de alimentação com comidas produzidas pelas próprias empreendedoras e bebidas, além de brinquedos para criançada e uma TV de 65 polegadas, para transmissão do jogo do Brasil, caso a seleção brasileira se classifique para o jogo de sábado. Para garantir a animação, o evento conta ainda com duas atrações musicais, o som eletrônico da DJ Marcela Conte e Will Diaz na voz e violão. 

Inovação, tecnologia e energias renováveis projetam a Zona Norte para o mundo

Polo de inovação, empreendedorismo e criatividade, Moinho acelera estratégias para consolidar o hub de inovação que dispõe de estrutura física privilegiada com coworking, auditório, salas multiuso e espaço para eventos

 

 

Inovação, tecnologia e energias renováveis projetam a Zona Norte para o mundo

O Moinho é formado por um conjunto de prédios, que totalizam aproximadamente 30 mil m2 de área construída, estruturado em quatro eixos temáticos – Moradia, Saúde, Educação e Comércio. O empreendimento funciona de maneira orgânica, para oferecer aos usuários, residentes e frequentadores uma experiência única e completa, a fim de atender diferentes necessidades em um só lugar, agora e no futuro

 

“A Prefeitura tem perfeita consciência da importância que tem a Zona Norte da cidade”. A frase do secretário de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade (Sedic), Ignácio Delgado, resume não apenas uma certeza como também reverbera um sentimento crescente de outras forças produtivas em relação à região que abriga quase 20% da população de Juiz de Fora (com forte senso de pertencimento) e se destaca pela concentração de empresas.  

 

Projetos baseados em inovação, tecnologia, energias renováveis empreendedorismo e criatividade em fase avançada de elaboração e execução colocam a Zona Norte em um novo patamar capaz de projetá-la internacionalmente. Entre eles, a criação de estratégias públicas para atrair empresas de base tecnológica, a produção de biodiesel e a implantação de um hub de inovação. 

 

“Uma iniciativa em estudo é a de constituir a área que vai do Moinho até o Distrito Industrial como um Corredor Tecnológico. De um lado, temos o Distrito Industrial que agrupa várias empresas, algumas delas até classificadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como intensivas em tecnologia, e de outro, o hub de inovação do Moinho. É uma proposta que está em elaboração e deve ser encaminhada como proposição legislativa para avaliação da Câmara Municipal. Com isso, o que se espera é atrair empresas de base tecnológica”, explica Ignácio.  

 

“No eixo da inovação estamos elaborando, a partir de benchmarking com hubs de todo o país, e alguns cases no exterior, um projeto robusto que busca conciliar interesses e demandas legítimas das empresas, das universidades, das startups, dos governos e da sociedade, para promover a integração do ecossistema local. Tudo para que a gente possa, de fato, promover transformação e estimular o desenvolvimento da cidade e da região”, observa a diretora do Moinho, Rita Rodrigues.  

 

Entre os hubs prospectados no Brasil estão o Instituto Caldeira, em Porto Alegre (RS), Onovolab, em São Carlos e Indaiatuba (SP), o Civi-co e o OásisLab, em São Paulo (SP), Orbi, P7 Criativo e Mining Hub, em Belo Horizonte (MG), ACATE, em Florianópolis (SC) e Hotmilk e Vale do Pinhão, em Curitiba (PR). Já no exterior, a inspiração vem do LxFactory (Lisboa), Station F (Paris) e Base (Milão). 

 

“Conhecemos ainda programas de inovação do Sebrae e os liderados pela Neo Ventures para o Instituto Brasileiro da Mineração. Nós acreditamos que a transformação só se dará resolvendo problemas reais, buscando soluções inovadoras, para garantir a sustentabilidade das empresas e o pleno desenvolvimento do capital humano que Juiz de Fora tem como um dos seus principais ativos”, acrescenta a executiva.  

 

Moinho reforça criação do Corredor Tecnológico 

 

Inovação, tecnologia e energias renováveis projetam a Zona Norte para o mundo

No Moinho Lab, nove startups recebem apoio para seu desenvolvimento. São elas Eclo, Para Elas Mobilidade, Oxe Online, Jum In Business, Financeiramente Pleno, Intelus, Recicla Mais, Holy e Pouper

 

No campo das conexões, o Moinho é membro do fórum de hubs brasileiros da ABStartups, e reconhecido pela Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (CERTI) como mecanismo de inovação. O polo de inovação, empreendedorismo e criatividade assinou com a Prefeitura de Juiz de Fora o Protocolo de Intenções, para a viabilidade do Corredor Tecnológico, que tem o Moinho como um dos palcos de impulsão deste movimento.  

 

Além disso, o Moinho foi escolhido pelo Governo do Estado de Minas Gerais para receber a base avançada do SEED-MG – um programa de aceleração de startups para empreendedores do mundo todo que queiram desenvolver seus negócios no estado. “Estamos trabalhando muito fortemente na quádrupla hélice – empresas, governos, instituições do conhecimento e sociedade civil – que é a base para sustentação dos novos modelos de inovação. Tudo isso para encontrar aquele que melhor dialoga com as características do nosso ecossistema”, afirma Rita.  

 

O programa de inovação do Moinho visa ajudar as organizações da cidade e região, de diferentes segmentos e portes, a buscar formas efetivas de inovar de maneira sustentável, gerando valor para todas as partes interessadas. “Nós acreditamos muito neste modelo coletivo e compartilhado e estamos entusiasmados com as muitas possibilidades de unir diversos parceiros, para promover a transformação”, conta a executiva. Essa estratégia está materializada no Moinho Lab – hub de inovação e coworking – que oferece apoio ao desenvolvimento de nove startups de diferentes ramos de atividade e pela criação da Rede Empreendedora e do Fórum ESG de Juiz de Fora.  

 

Projeto de biodiesel já alcança resultados satisfatórios 

 

Rede Empreendedora reúne mais de 180 pequenos negócios e reflete o modelo coletivo e compartilhado de promover a transformação

 

Aos esforços governamentais e da iniciativa privada soma-se a contribuição da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) que levou para a Zona Norte uma unidade do seu Parque Tecnológico (Partec). Um espaço para empresas, centros públicos e privados de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), assim como para prestadores de serviços tecnológicos complexos e de apoio às atividades tecnológicas.  

 

“Dentro do Partec teremos três unidades: na BR-040, no campus da universidade ao lado do Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (CRITT) e o CIEPTEC Norte dentro do Distrito Industrial. Com o Parque Tecnológico, a gente mapeou algumas vocações da cidade, divididas em seis grandes áreas de atuação: agroalimentar, logística e transporte, saúde e bem-estar, tecnologia da informação, economia criativa, sistemas elétricos e energia. Essas áreas são vocacionadas tanto em empresas representativas, quanto em pesquisas intensivas na própria universidade”, explica a gerente de Planejamento e Gestão do CRITT, Débora Marques.  

 

O foco inicial do CIEPTEC Norte são energias renováveis e já está em andamento pesquisa para transformar óleo de cozinha usado em biodiesel. O projeto é uma parceria da Prefeitura com diversos órgãos e com a empresa inglesa Green Fuels especializada em biodiesel. A proposta ambiciosa, que está em fase de teste, tem tudo para colocar a Zona Norte no mapa mundial das energias renováveis. De acordo com o coordenador do projeto Plataforma de Biodiesel da Zona da Mota e pesquisador da UFJF, Adilson David da Silva, essa fase segue até meados de 2023. Os resultados, porém, já são satisfatórios.  

 

“Em breve, teremos quantidade para testar em caminhões e saber se existe possibilidade de alguma consequência, mas já sabemos que não. Em alguns países, são usados 30% do diesel mineral. Aqui, usamos 10% e, no caso do projeto, planejamos usar 20%, 30%, 40%. Vamos fazer teste com várias misturas e porcentagens. O trabalho vem se desenvolvendo não com velocidade de produção, mas com velocidade de pesquisa”, explica o coordenador.   

 

“O ponto mais importante é que colocamos Juiz de Fora e, obviamente, a Zona Norte, como polo produtor de energias renováveis, não só com divulgação em nível estadual, mas também federal. Esperamos atingir também escala global, porque as empresas que estamos buscando, fazendo prospecção para o CIEPTEC muitas delas são multinacionais, até por conta do crédito de carbono, que é uma dinâmica global”, completa Débora Marques. 

 

Para viabilizar e facilitar o processo, a Prefeitura firmou um acordo com cinco associações para recolher a matéria-prima e vender para o projeto. “Até o momento, temos a parte ambiental, que é transformar óleo usado em biodiesel, e a parte social junto às cooperativas. No aspecto econômico, os esforços são para assegurar competitividade do biocombustível na comparação com o combustível fóssil. Com isso, completamos o tripé da sustentabilidade”, explica Adilson.  

 

“Vamos colocar a Zona Norte no mapa das energias renováveis como sede de grandes empresas que estarão no Partec, mas que produzem tecnologia. Isso em conjunto com a universidade, contando com a contribuição de mão de obra local qualificada e empregos indiretos que estarão envolvidos, para abastecer toda essa cadeia produtiva”, acredita Débora.  

 

Reportagem publicada na Tribuna de Minas – Caderno Especial Zona Norte 

Moinho será ponto de concentração para caminhada pelo fim da violência contra mulheres e meninas

A quinta edição da “Caminhada pelo fim da violência contra mulheres e meninas”, realizada pelo Grupo Mulheres do Brasil, promete mobilizar milhares de pessoas no domingo, dia 4 de dezembro, em todo o país. Em Juiz de Fora, a concentração será no Moinho, a partir das 9h. De acordo com os organizadores, o evento tem como objetivo sensibilizar toda a sociedade para comportamentos violentos que vão muito além da agressão física.

 

“É importante reconhecer e denunciar, mudando a opinião pública e derrubando mitos e paradigmas; construir estratégias integradas, unindo esforços com quem já trabalha pelo tema, promovendo a integração de movimentos que lutam pela erradicação da violência contra mulheres e meninas e o poder público; e garantir ações de transformação e combate, além de uma assistência adequada às vítimas de violência, lutando por legislações favoráveis e pela recuperação dos agressores”, diz documento distribuído pelo grupo.

 

“O Moinho foi escolhido porque é conexão. É um lugar acolhedor, agregador e transformador na vida da comunidade. Essa conexão, esse movimento, essa energia grandiosa é que nos fez escolher esse espaço como ponto de partida. O Moinho abraça a comunidade”, conta Paula Serrano, que é uma das Líderes do Núcleo do Grupo Mulheres do Brasil em Juiz de Fora, ao lado de Yasmin Moreira e Raquel Sousa.

 

O Combate à violência contra mulheres e meninas é uma pauta global. Indicadores publicados no Mapa da Violência e notícias que estampam frequentemente o noticiário comprovam o aumento de agressões de diferentes naturezas contra mulheres e meninas em todo o mundo.  Em Juiz de Fora, a cada dia, 11 mulheres vítimas de violência registram denúncias contra seus agressores amparadas pela Lei Maria da Penha.

 

De acordo com levantamento feito a partir de registros policiais, entre os acusados de agressão, 73,1% são cônjuges, ex-cônjuges ou namorados das vítimas. De todas as vítimas de violência com registros na cidade, 57,5% são mulheres negras e pardas e 36,8% são brancas. Os dados são de 4.033 boletins de ocorrências registrados pela Polícia Militar durante todo o ano de 2021 e obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

 

Acredita-se que se não fosse a subnotificação, os números seriam ainda mais graves. Portanto, este é um assunto que afeta toda a comunidade. A sociedade pode colaborar encorajando e fazendo denúncias, para que a Lei Maria da Penha seja cumprida. A violência traz um alto custo social: traumas emocionais e físicos às vezes irreparáveis, geração de órfãos da violência e aumento do absenteísmo nas empresas, dentre outros.

“Saiba onde você está e onde quer chegar”

“Saiba onde você está e onde quer chegar”Pós-graduado em Marketing e Negócios, o empresário Diego Brugiolo foi o palestrante convidado para a penúltima edição da Jornada da Rede Empreendedora que lotou o auditório do Moinho na segunda-feira, dia 21 de novembro, com o tema “Promoção”. Ele, que já empreendeu nos ramos de alimentação, publicidade, eventos e entretenimento e atualmente é diretor de marketing do BNI Zona da Mata (rede mundial de networking entre empresários) é um dos sócios fundadores do Club do Fut, bar temático voltado para amantes do futebol.  

 

Diego abordou os caminhos básicos que ainda funcionam para promover produtos e serviços e apresentou exemplos no Instagram de alguns empreendedores que estão usando a rede social de maneira correta motivar e engajar seus públicos alvo. Segundo ele, o que leva os clientes a decidir por uma compra são necessidade e desejo.  

 

Como o marketing digital está em alta, o empresário deu dicas importantes aos empreendedores sobre a utilização do Whatsapp. “Use e abuse do status, preencha os campos, como descrição, e-mail e horário corretamente. Use o catálogo, mesmo que seja serviço e utilize também mensagens automáticas. Mas cuidado para não ficar robótico demais. Além disso, peça o Instagram do cliente e comece a segui-lo. Interaja, comente, elogie e o ajude mesmo que ele não compre agora”, explicou.  

 

Outra dica importante foi para que os empreendedores aproveitem ao máximo o incentivo dado pelo Moinho com a Rede Empreendedora.  “Eu queria ter tido essa oportunidade quando comecei e resolvi arriscar. Acho que esta é uma iniciativa muito bacana de aprender e compartilhar conhecimento”. 

 

O empreendedor ainda destacou a importância das fotos que devem ser usadas nas redes sociais. Para ele, quando possível, é bom contratar um fotógrafo profissional, porque valoriza o produto e o investimento se paga a médio prazo. Também destacou a importância de ser criativo, e enfatizou que a melhor mídia para promover produto é aquela que não se paga.  Ao finalizar, deixou a seguinte reflexão. “Saiba onde você está e onde quer chegar”.  

 

“Empresas precisam formar e desenvolver lideranças conscientes”

Como a abordagem do Capitalismo Consciente pode fortalecer a agenda ESG 

 

“Empresas precisam formar e desenvolver lideranças conscientes” Essa foi a pergunta que trouxe a Juiz de Fora a professora convidada da Fundação Dom Cabral, coautora do livro “ESG: a referência da responsabilidade social empresarial”, conselheira e embaixadora certificada do Instituto Capitalismo Consciente Brasil, Francine Póvoa, para participar da última reunião do ano do Fórum ESG Juiz de Fora. Ancorado nos pilares Liderança consciente, Propósito maior, Orientação para stakeholders e Cultura organizacional consciente, a nova forma de conceber o sistema capitalista prescinde que as empresas invistam e capacitem seus líderes. 

 

“A gente tem percebido que as empresas que adotam os pilares do capitalismo consciente e formam e desenvolvem lideranças preparadas para lidar com assuntos tão complexos, como os desafios na área social, ambiental e de governança, são as que têm obtido os melhores resultados”, observou Francine, ao destacar a contribuição indispensável dos líderes na consolidação de mudanças mais aderentes aos novos tempos. 

 

“O papel da liderança nesta agenda é muito importante, porque é ela que puxa essa pauta dentro de uma empresa. Ela que estimula a organização e o time a terem clareza do propósito maior que levará à construção da cultura organizacional consciente. É um agente crucial para a transformação que vai agilizar a agenda ESG. Lideranças conscientes têm características muito diferentes às demais, como uma sensibilidade maior para as pessoas, para o cuidado com as pessoas, sejam elas colaboradores, clientes ou fornecedores. Elas têm firmeza e convicção em relação ao propósito próprio e ao da organização”, afirmou a consultora. 

 

Entre os atributos que definem uma Liderança consciente estão inteligência sistêmica, inteligência emocional, inteligência espiritual, amor e cuidado, liderança servidora, integridade e impacto e influência. “Muitas vezes a gente vê um discurso muito desalinhado da prática dentro das organizações”, observou Francine. 

 

Isso se dá, porque a mudança não está sendo conduzida da forma adequada. O jeito mais eficiente de promover e estimular a agenda ESG, como mostram pesquisas, relatórios e cases é a conscientização dos que estão à frente dos negócios. “Tudo começa com eles. É preciso sensibilizá-los, prepará-los para essa realidade. Afinal, a transformação começa a partir das pessoas”, disse Francine para uma plateia atenta formada por representantes de diversas empresas entre públicas e privadas.  

 

Como se define o propósito de uma organização? 

 

Que diferença queremos fazer no mundo com este negócio? O mundo fica melhor com a nossa presença? Sentirão nossa falta se deixarmos de existir? Esses são os questionamentos que uma empresa deve fazer, a fim de identificar o propósito maior que justifica sua razão de ser e estar no mundo.  

 

De acordo com a consultora Francine Póvoa, essa reflexão é absolutamente necessária, porque as pessoas, de modo geral, buscam marcas que dialogam com seus próprios valores, seja nas relações de consumo, seja nas relações trabalhistas, por exemplo.  “O propósito dos negócios é resolver os problemas das pessoas e do planeta de forma lucrativa e não lucrar em causar problemas”, ponderou, citando frase do Professor na Columbia University e co-chair do Enacting Purpose Initiative, Colin Mayer. 

 

Um propósito claro e aderente às práticas empresariais é fundamental para a construção da Cultura consciente, alicerçada em bases, como confiança, responsabilidade, cuidado, transparência, integridade, equidade e lealdade. “A cultura das organizações diz respeito aos ativos psicológicos que definirão o que irá acontecer com os ativos financeiros nos próximos anos”, explicou a consultora. 

 

Quando os valores e as crenças dos líderes, gerentes e supervisores mudam, suas ações e seus comportamentos também mudam. Como consequência, valores e crenças da cultura da organização se transformam igualmente, alterando as ações e os comportamentos empresariais. Tudo isso ancorado em outra base fundamental do Capitalismo Consciente que é a Orientação para stakeholders, ou seja, a adoção de uma mentalidade que harmoniza os interesses de todas as partes envolvidas no negócio. 

 

Entre as perguntas que norteiam este pilar estão: se esta decisão for tomada, quem será beneficiado e quem será prejudicado? Esta decisão reforça os direitos e valores de quem? Que tipo de pessoa me tornarei se tomar esta decisão? Qual será o meu legado? Para não deixar dúvidas sobre se vale mesmo a pena o investimento na agenda ESG com o impulso do novo olhar sobre o sistema capitalista, Francine finalizou sua apresentou com o gráfico abaixo que mostra porque as melhores empresas para o país são também as mais lucrativas. 

 

“Empresas precisam formar e desenvolver lideranças conscientes”

Conversa com o Especialista chega a 9ª edição e promove capacitação em estratégias de vendas

Com o tema Hackeando Vendas, o evento traz estratégias de como potencializar os resultados do seu negócio

 

A 9ª edição da Conversa com o Especialista acontece no dia 23 deste mês, às 19h, no auditório do Moinho. Com o tema Hackeando Vendas, o evento reúne três especialistas para promover a capacitação de empreendedores nas estratégias de desenvolvimento de negócios a partir da potencialização de vendas. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através do site. As vagas são limitadas.

 

Nesta edição, Vítor Baesso, CEO do Grupo Hackeando Processos e especialista em Operações de Vendas B2B (do inglês Business to Business, ou seja, negócios entre empresas); Danilo Martins, publicitário e especialista em Gestão de Negócios e Marketing; e Gabriel Machado, CEO do FaçaAgora serão os palestrantes.

 

Segundo o Gestor de Inovação do Moinho, Arthur Avelar, a Conversa com o Especialista, realizada em parceria com outras organizações da cidade, tem o objetivo de capacitar pessoas para promover a cultura da inovação. “Todos os profissionais convidados são referência nas suas áreas e sabem da importância de conectar pessoas para o fortalecimento do ecossistema. Não só as que empreendem, mas também as que querem empreender. Uma vez conectadas, elas têm a oportunidade de potencializar seus resultados”, pontua. 

 

Estruturação da área de vendas

Da teoria à prática, a imersão visa traçar estratégias de como estruturar a área de prospecção e vendas da empresa por meio do uso de metodologias inovadoras. Serão apresentadas ferramentas que auxiliam a gestão do processo de prospecção e automatizam o fluxo de potenciais clientes do negócio. A formação de uma mesa redonda com os especialistas finaliza o evento para promover networking e a troca de conhecimento. 

 

Conversa com Especialista

A Conversa com Especialista integra a RedeMoinho, iniciativa com diversas atividades e eventos, para estimular a conexão e fortalecer a rede empreendedora de Juiz de Fora. Profissionais de referência dos mais diversos segmentos são convidados para um bate-papo inspirador e transformador, no auditório do Moinho, gerando reflexões, oportunidades e integração entre os diversos atores do ecossistema de inovação.

 

Para Hyamanna Souza, CEO da startup Para Elas Mobilidade, sediada no Moinho, “o evento promove um ambiente propício para compartilhar conhecimento. É maravilhoso porque com essas informações, conseguimos diminuir de 30% a 40% alguns erros. Com isso, a gente ganha tempo e economiza esforço para alavancar o negócio. Participar das conversas é um ganho muito grande para o meu empreendimento”, ressalta. 

Capitalismo Consciente é pauta de novo encontro do Fórum ESG Juiz de Fora

 

Juiz de Fora cria fórum empresarial para disseminar e fomentar adoção de práticas ambientais, sociais e de governança

O Capitalismo Consciente, movimento global originado nos Estados Unidos, e que tem como objetivo elevar a consciência das lideranças para práticas empresariais baseadas na geração de valor para todas as partes interessadas, é o tema da reunião que o Fórum ESG Juiz de Fora realiza nesta segunda-feira, dia 21, com a presença da consultora Francine Póvoa, professora convidada da Fundação Dom Cabral, coautora do livro “ESG: a referência da responsabilidade social empresarial”, conselheira e embaixadora certificada do Instituto Capitalismo Consciente Brasil. O evento encerra a programação do Fórum ESG, neste ano.  

 

“Convidamos as principais lideranças das empresas participantes do Fórum para estarem conosco, fazendo essa reflexão importante para o momento que vivemos, nos quais as organizações privadas têm assumido o protagonismo nas questões relacionadas à sustentabilidade, daí a escolha desse tema para o último encontro do grupo neste ano”, afirma a diretora do Moinho, Rita Rodrigues. 

 

Alicerçado nos pilares – Propósito Maior, Cultura Consciente, Liderança Consciente e Orientação para Stakeholders – o Capitalismo Consciente objetiva não apenas assegurar valor financeiro, como também intelectual, físico, ecológico, social, emocional, ético e até mesmo espiritual a toda as partes interessadas de um negócio. Por isso, segundo Francine Póvoa, sua relação é intrínseca com as métricas ESG (do inglês Environmental, Social and Governance) e dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).  

 

Desenvolvida por John Mackey, cofundador e CEO da Whole Foods Market, e por Raj Sisodia, especialista em gestão e professor da Babson College, essa filosofia propõe uma visão mais holística do universo empresarial. Desde que foi iniciado em 2010, com a fundação do Instituto Conscious Capitalism, seguido três anos depois, pela publicação do livro Conscious capitalism: liberating the heroic spirit of business (Capitalismo consciente: como liberar o espírito heroico dos negócios), o movimento ganha cada vez mais adesão mundial, inclusive no Brasil. 

 

Tanto que, em 2013, foi criado o Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB), que tem, atualmente, Hugo Bethlem como chairman e Dario Neto no cargo de diretor geral. Com atuação expressiva também no âmbito da América Latina desde sua fundação, em 2021, o ICCB iniciou as atividades da Academy, com a oferta, dentre outros, dos cursos de Certificação Básica e Avançada para interessados em se tornarem líderes conscientes, assim como inaugurou 11 filiais regionais pelo país. 

 

Nexa apresenta case de sucesso em Diálogos ESG 

 

Como parte da programação da reunião do Forum ESG, a Nexa, empresa global de mineração e metalurgia de metais não-ferrosos, resultado da fusão da brasileira Votorantim Metais e da peruana Milpo, com sede em Juiz de Fora, apresenta o case “Voluntariado estratégico: A ação comunitária na Perspectiva ESG”.  

 

A apresentação, que será feita pela consultora de Gestão Social, Flaviane Soares, é uma iniciativa proposta pelo Grupo de Trabalho de Comunicação do Fórum ESG, batizada de “Diálogos ESG”, que tem como objetivo promover e estimular a troca de conhecimento entre as mais de 40 empresas participantes, por meio de relatos de aplicações práticas e bem-sucedidas que despertaram novos olhares sobre os negócios.  

 

 

Conheça os quatro pilares do Capitalismo Consciente 

 

  1. PROPÓSITO MAIOR

O propósito de uma empresa deve ser muito mais do que simplesmente gerar lucros: é a causa pela qual a empresa existe. 

 

  1. CULTURA CONSCIENTE

É a incorporação dos valores, princípios e práticas subjacentes ao tecido social de uma empresa. Ela conecta os stakeholders uns aos outros e também ao seu propósito, pessoas e processos. 

 

  1. LIDERANÇA CONSCIENTE

Os líderes conscientes são responsáveis por servir ao propósito da organização criando valor para todos os seus stakeholders e cultivando uma Cultura Consciente de confiança e cuidado. 

 

  1. ORIENTAÇÃO PARA STAKEHOLDERS

Um negócio deve gerar diferentes valores para todas as partes interessadas, os chamados stakeholders. 

                                              

Fonte: Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB) 

 

Moinho exibe curta metragens na pré-abertura de festival de cinema

Moinho exibe curta metragens na pré-abertura de festival de cinema Começa nesta segunda-feira, dia 21, o Primeiro Plano 2022 – Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades, que é uma realização do Luzes da Cidade – grupo formado por cinéfilos e produtores culturais. Para abrir simbolicamente o festival, o Moinho recebe nesta sexta-feira, 18, a Sessão Lanterninha, com a apresentação de oito curta metragens para alunos da Escola Municipal Antônio Carlos Fagundes, em dois horários: às 8h e às 10h.Em sua 21ª edição, o evento tem como objetivo incentivar e dar visibilidade a diretores estreantes da região e da América do Sul.  

 

Ao todo, compõem o Primeiro Plano 24 filmes da Mostra Competitiva Mercocidades e 34 da Mostra Competitiva Regional Zona da Mata mineira. Nesta última, os filmes universitários selecionados concorrerão ao prêmio de R$ 10 mil. O vencedor ainda terá acesso a serviços de parceiros para a finalização de um novo curta, de até 20 minutos, que será exibido na edição 2023 do Primeiro Plano. Na Mostra Competitiva Mercocidades, o público-alvo é formado por diretores estreantes de países da América do Sul. 

 

Neste ano, 280 filmes foram inscritos, sendo 240 da Mostra Competitiva Mercocidades e 40 da Mostra Competitiva Regional. Diretora de comunicação do Luzes da Cidade, Marília Lima explica que o interesse dos realizadores pelo festival impressiona. “Recebemos filmes de todo o Brasil. Além disso, houve uma grande adesão das produções universitárias. E todos eles de produções maiores, fora do enredo focado no isolamento que acabou marcando o Primeiro Plano nos dois últimos anos”, avalia. 

 

Nesta edição, o Festival tem como temática “o retorno e o renascimento” por motivos diversos. “Tem o retorno do público ao cinema, assim como o renascimento de conjunturas políticas que nos dão expectativa para chegarmos a uma normalidade no curso das produções”, afirma Marília, ao citar os desafios e as dificuldades recentes de cenário para a cultura, no Brasil e no mundo.