Moinho abre as portas para o espetáculo “EspaçoNave”

Moinho abre as portas para o espetáculo “EspaçoNave”

O Moinho é um polo de empreendedorismo, inovação e criatividade, por isso cada vez mais as pessoas estão utilizando o espaço do empreendimento para poder expressar seus sentimentos e talentos. Dessa vez, o Moinho dá espaço para o espetáculo “EspaçoNave”, que irá se apresentar por três semanas no estacionamento do Moinho. Nos dias 29 e 30 de maio, 4 e 5, 8 a 13 de junho, às 20h30.

 

“Estamos vindo com tudo para estrear em Juiz de Fora. O Moinho é um espaço que está abrindo perspectiva para a Zona Norte e a gente também levar o nosso trabalho para a região. O Moinho é um lugar de que tira esse preconceito, de que a Zona Norte não vai lá para o Centro, o centro não vai para a Zona Norte. E através do espetáculo que a gente vai poder atrair uma média de 60 a 70 pessoas por dia e estamos muito animados, muito felizes de poder realizar essa peça no Moinho”, diz o ator e produtor, Vinícius Cristóvão.

 

“EspaçoNave” traz um grupo de desconhecidos que parte rumo a uma expedição com o objetivo de encontrar os extraterrestres. Eles desejam encontrar o extraordinário que já não veem em suas vidas. Eles querem um mundo novo,  mas a espera também se torna um momento de descobertas. Quem teria a vida transformada se você desaparecesse?

 

Moinho abre as portas para o espetáculo “EspaçoNave”

“Essa espaçonave está chegando para trazer uma possibilidade de um mundo novo. É uma perspectiva que a gente vai encontrar os extraterrestres e, a partir disso, transformar mesmos coisas, refletir, fazer as pessoas refletirem e, principalmente, também divertirem. É uma peça que fala de temas da contemporaneidade, mas de uma forma leve, com o riso e com muita reflexão também’, conta Vinícius Cristóvão.

 

É um trabalho que valoriza a pesquisa e o fazer coletivo, que ressignifica a relação com o tempo e o espaço e que provoca quem assiste a se tornar co-autor da experiência estética compartilhada: um convite para novas memórias, capítulos de existência que nascerão do encontro mediado pelo teatro. O espetáculo, cuja proposta é explorar espaços de encenação não convencionais, acontece dentro de um estacionamento e tem como cenário, um carro.

 

“EspaçoNave” é um espetáculo que parte do encontro entre o grupo Corpo Coletivo, de Juiz de Fora, a artista Suzana Nascimento e os mestres Amir Haddad e Dorothy Lenner, referências das artes cênicas do país. O projeto foi contemplado pela Lei Murilo Mendes e marcará a volta do Corpo Coletivo à cena presencial depois de mais de dois anos explorando o ambiente virtual e suas possibilidades criativas.

 

O valor da entrada é R$20,00 e os ingressos podem ser adquiridos no site. Clique aqui e compre o seu.

 

Exposição ‘Moinho Pelo Tempo’ resgata memórias do antigo Moinho Vera Cruz

 

Exposição no Moinho

“Moinho Pelo Tempo” é o nome da emocionante exposição que resgata em depoimentos, imagens e memórias o dia a dia de trabalho no antigo Moinho Vera Cruz, indústria de moagem de trigo e derivados para o setor produtivo que encerrou suas atividades em abril de 2005, 52 anos após sua fundação em Juiz de Fora. O complexo arquitetônico da antiga fábrica dá lugar hoje ao Moinho Zona Norte, empreendimento formado por um conjunto de prédios que totalizam aproximadamente 30 mil m2 de área construída, estruturados em quatro eixos temáticos – Moradia, Saúde, Educação e Comércio.

 

Para contar a história do Moinho Vera Cruz, as produtoras da exposição Carú Rezende e Fernanda Lauro entrevistaram dez pessoas entre ex-funcionários da fábrica e moradores da Zona Norte que, em depoimentos marcados pela saudade e pela gratidão, relataram os bons momentos vividos por eles quando a unidade estava em plena operação desde os anos 1960 até seu fechamento. Na noite de quarta-feira, dia 18, os personagens, seus familiares e amigos puderam conferir a mostra de perto em uma pequena solenidade que marcou a abertura da exposição ao público.

 

“Toda história é feita por pessoas. Pessoas reais, com suas vidas cotidianas e extraordinárias, que vão construindo, dia após, dia aquilo que chamamos de memória. Com a exposição ‘Moinho pelo Tempo’ queremos ressaltar essa história viva, pulsante, valorizando personalidades que têm suas vidas entrelaçadas ao espaço do Moinho, que hoje se propõe colaborativo, acolhedor e transformador”, explicam as organizadoras.

 

Exposição Moinho

A exposição foi concebida com retratos de cada personagem impressos em um painel luminoso, para remeter ao formato de fotografias polaroides – uma lembrança de um tempo antigo que vem sendo resgatado em diálogos com formatos contemporâneos utilizados no Instagram. Ao lado desses painéis, estão dispostas, em telas de tecido, imagens antigas do Moinho Vera Cruz e trechos das histórias contadas pelos ex-funcionários retratados na exposição também em áudio.

 

A proposta artística inclui ainda desenhos impressos em tecidos semi-transparentes que ressaltam a arquitetura das antigas instalações, assim como recortes de objetos dos entrevistados, como carteiras de trabalho, numa espécie de palimpsesto (pergaminho ou papiro cujo texto foi eliminado para permitir a reutilização) visual, para construir e reconstruir novas memórias. As impressões em preto e branco enfatizam a importância de olhar para o passado com suavidade e ternura, argumentam Carú e Fernanda.

A emoção dos que preservam a memória

 

Exposição Moinho

Também integra o rico mosaico de memórias do Moinho Vera Cruz um vídeo de 12 minutos com a participação dos dez ex-funcionários. As imagens trazem os depoimentos, assim como mostram os personagens caminhando pelas novas instalações que são fruto de um rigoroso trabalho de retrofit, técnica de revitalização de construções antigas, que tem como objetivo transformar edificações do passado, adaptando-as às novas necessidades. Por isso, o retrofit não se compara a reformas ou restauração.

 

Entre ex-funcionários envolvidos diretamente na operação da moagem de trigo, como Serafim Francisco, responsável por molhar os grãos para prepará-los para o processo produtivo, e Janaína Barbosa Pires, que cuidava das análises químicas, a outros que atuavam em áreas administrativas, a exemplo do diretor do Teatro Divulgação e professor universitário, José Luiz Ribeiro, a exposição Moinho pelo Tempo é um brinde à memória que jamais será esquecida. Por meio dos depoimentos de cada personagem, alguns bastante emocionados, é possível compreender, porque o passar dos anos não é suficiente para condenar ao esquecimento a riqueza contida em uma vida.

 

Evento emociona os homenageados

 

Moinho no Tempo

Na solenidade que marcou a abertura oficial da exposição ao público, personagens que se viram retratados na mostra falaram da emoção de seguir fazendo história, mesmo depois do fechamento da empresa onde passaram anos significativos de sua trajetória pessoal e profissional.

 

“Foi uma sensação muito boa chegar aqui e ver essa exposição, fiquei muito emocionado. Lugar onde eu trabalhei durante muito tempo e ver ele assim agora é muito bom”.

Serafim Francisco Manço

 

“Muito emocionante chegar e ver essa exposição, porque é uma história muito bonita. Minha vida profissional começou aqui aos 16 anos, é uma parte muito forte da minha biografia. Hoje estar aqui com os familiares é muito legal, porque eu tenho muito orgulho dessa fase. O mais legal é constatar que o Moinho continua se transformando”.

Janaína Barbosa Pires 

 

“É uma alegria poder presenciar essa exposição. É muito importante para todos nós que participamos desse projeto, já que passamos a vida inteira aqui. Ao ver essa exposição, passou um filme na minha cabeça, lembrei de quando eu cheguei aqui com 18 anos e sai com 53, já aposentado. Tudo que eu conquistei foi aqui dentro do Moinho”.

Francisco Neris Filho (Chiquinho)

 

“É uma felicidade estar aqui hoje, porque o Moinho era uma empresa muito boa de se trabalhar. Ficamos muito tristes quando fechou, mas quando entramos e vimos o prédio todo reformado, ficamos muito felizes e emocionados, porque foi realmente uma transformação muito grande”.

Carlos José Ferraz (Carlinhos)

 

“Nós fomos muito felizes na empresa. Trabalhei no Moinho por 14 anos, era um lugar de felicidade. Trabalhávamos muito, ficávamos muito tempo aqui, mas era com muito amor e responsabilidade. Acho que é isso que conta, junto com as amizades que fizemos por aqui. Eu construí a minha vida no Moinho. Estar aqui hoje é uma emoção muito grande, porque nós fazemos parte da história e tínhamos que estar aqui”.

Marlí Correa Soares Silva

 

SAIBA MAIS

Exposição Moinho Pelo Tempo

Local: na área de Acesso do Moinho Zona Norte

Personagens: Serafim Francisco, José Nery Dias, Luzia Ferraz, José Francisco de Souza, Marly Soares Silva, Antônio Almas, José Luiz Ribeiro, Francisco Neris Filho, Janaína Pires, Carlos José Ferraz

Visitação: De segunda a sexta, das 8h às 18h

 

 

Carnaval agita os foliões no Moinho

A festa reuniu cerca de mil pessoas no estacionamento e o bloco “Só Love” e “DJ Marcelo Castro” agitaram a galera

 

 

Gente bonita, animada e com muito samba no pé. Esse foi o público que prestigiou o carnaval no Moinho – “As máscaras vão rolar”. O bloco “Só Love” e “DJ Marcelo Castro” comandaram a festa e agitaram a galera no estacionamento. Ninguém ficou parado e a alegria tomou conta dos foliões.

 

Responsável pela coordenação do evento, André Noronha ficou muito satisfeito com a festa, e garante que foi lindo ver tanta gente reunida em prol de um único propósito: se divertir. “O carnaval no Moinho conseguiu reunir cerca de mil pessoas que só queriam festejar, compartilhar e comemorar em uma das festas mais tradicionais do Brasil. Foi muito importante ver todo esse movimento com moradores da Zona Norte e de várias outras regiões da cidade. Todo mundo compartilhando o mesmo espaço”, destacou.

 

Vocalista do bloco Só Love, Flávia Viana disse que foi um prazer tocar para um público tão especial. “O Carnaval no Moinho foi muito gostoso. Foi um evento saudável, vi muita família e crianças. Foi bacana ver a alegria do pessoal. Cantar no Moinho é uma gratidão para nós, porque ele abraçou o Só Love. Fazemos nossos ensaios nele. Espero que seja o primeiro de muitos eventos que faremos juntos. Que venham mais carnavais”.

 

O Carnaval no Moinho foi um marco na retomada de eventos presenciais que desobriga o uso de máscaras em ambientes abertos e fechados. André Noronha destaca que além de proporcionar alegria ao público, o evento também foi muito importante para os empreendedores.

 

“Muitos estavam ali no seu primeiro evento após a fase mais crítica da pandemia e isso foi muito significativo. Foi a retomada econômica de empreendedores que lutaram muito durante todo esse tempo. Um evento que entrou para a história do Moinho e ficou com um gostinho de quero mais para realizarmos outras ações”, disse.

Aprovado pelo público

 

O público deu um show à parte no Carnaval do Moinho, com muita animação e entusiasmo. Não faltou samba no pé. Lanna Cunha ficou sabendo do evento através de amigos e estava encantada com a estrutura e também com a qualidade da festa.

 

“Eu não conhecia o Moinho. É a minha primeira vez aqui. Não moro na Zona Norte e fiquei impressionada com os serviços oferecidos e a beleza do lugar. Sem falar que esse evento foi maravilhoso. Dancei muito e me diverti como não fazia há tempos. Com certeza estarei presente em outros eventos, porque gostei muito do ambiente e da energia do Moinho”.

 

Outra foliã, Nathália Sampaio conta que estava com saudade do carnaval. “Muito bom estar aqui e poder novamente ouvir uma bateria de escola de samba. Deu para matar a saudade e dançar muito. Sem contar que o Moinho é um local muito bonito e agradável. Parabéns a todos os envolvidos na organização, foi um evento de muita diversão e alegria”, disse.