Inovação

Segundo dia do Festival de Inovação Social destaca a urgência de investimentos em Educação

Segundo dia do Festival de Inovação Social destaca a urgência de investimentos em Educação Esforço colaborativo e multilateral para pensar como Juiz de Fora pode se desenvolver de maneira sustentável na Educação, o segundo dia do Festival de Inovação Social conectou diferentes agentes tanto do sistema público auanto privado, assim como de organizações do Terceiro Setor, a exemplo da Fundação Roberto Marinho e da Fundação Estudar.   

 

Na parte da manhã, foram realizadas atividades com alunos de duas escolas públicas da Zona Norte, e, à tarde, mesas redondas que debateram temas, como “A educação básica em Juiz de Fora”, “Novas metodologias de ensino e aprendizagem”, “Capital humano”, “A Sociedade do Conhecimento” e “Competências do Século XXI”. As atividades foram encerradas à noite com painel sobre “Boas Práticas no Brasil”.   

 

Gerente de Desenvolvimento da Fundação Roberto Marinho, Tânia Pimenta, e o representante da Fundação Estudar, Cláudio Castro abordaram a necessidade de investimentos em educação para que seja possível a construção de um futuro sustentável. “Hoje em dia falamos muito das habilidades sócios emocionais. Fica cada vez mais fica clara essa necessidade para os jovens. Todos precisamos, mas começar por eles é muito importante”, destacou Tânia. Para Cláudio Castro, investir no desenvolvimento de relações interpessoais é vital para o crescimento das empresas e dos próprios profissionais.   

 

Assista o painel na íntegra  

 

Educação básica em pauta 

 

A Educação básica em Juiz de Fora foi o tema da primeira mesa e estavam presentes o proprietário da rede Apogeu de ensino, Makerley Arimatéia, a Fundadora e CEO do Instituto Amargen, Lívia Silveira, e a subsecretária de Articulação das Políticas Educacionais da Prefeitura de Juiz de Fora, Graciele Fernandes, que apresentou números relacionados à educação municipal: 102 escolas e 46 creches que atendem a 46 mil estudantes.  

 

“O Instituto Amargen significa amar gente, e nossa missão é superar as margens de desigualdades que segregam, criando pontes de oportunidades para pessoas de comunidade. Nossa visão é ser referência em educação e impacto social”, explicou Lívia Silveira.  Ao apresentar a Rede de Ensino Apogeu, Markeley fez questão de destacar o Projeto Transformar criado em 2016. “É um projeto que apoia o desenvolvimento de alunos de alto potencial acadêmico em condições de vulnerabilidade socioeconômica. Ou seja, que não possuem acesso à educação de qualidade. Desde a sua origem, já oferecemos mais 450 bolsas”, disse.   

 

Assista a mesa redonda 1 na íntegra  

 

Novas tecnologias de ensino e aprendizagem  

 

Segundo tema do dia, novas metodologias de ensino e aprendizagem trouxeram ao Moinho os representantes da escola HUB, Thiago, Almeida, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde – Suprema, Djalma Ricardo, do Colégio Sarah Dawsey, Bernardo Lagermann, e da Escola Municipal José Calil Ahouagi, Marcos Adriano. “Um novo método exige mudanças na avaliação, na organização do espaço físico, nos materiais didáticos, na formação docente. E o sucesso na implementação de novos métodos está mais relacionado com uma visão sistemática do que com a qualidade do método em si”, afirmou o fundador e diretor executivo e acadêmico da Escola HUB.  

 

Já o diretor executivo do Sarah Dawsey explicou que a proposta pedagógica do colégio é viabilizar um processo educativo mais significativo, despertando nos alunos uma aprendizagem participativa, com ênfase na reflexão e na construção sistemática. Esta também foi a ênfase do diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão da Suprema, Djalma Ricardo que abordou a aprendizagem baseada no significado e em problema (articulação interdisciplinar). 

 

Criar experiências de aprendizagens que possam ser realizadas em um determinado período de tempo e depois serem socializadas com toda a comunidade escolar é uma das diretrizes da Escola Municipal José Calil Ahouagi.  De acordo com o diretor Marcos Adriano o objetivo é proporcionar aos alunos possibilidades de escolha em torno daquilo que eles pretendem aprender, a partir de propostas apresentadas pelo grupo de professores.    

 

Assista a mesa redonda 2 na íntegra 

 

O desafio de transformar informação em conhecimento 

 

O reitor do Centro Universitário da Estácio de Sá, Ricardo Bianchi, o diretor do IESPE /EnsinE, Walbert Vianna, e a professora titular de História do Brasil do Departamento e Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Mônica Ribeiro, foram os convidados da mesa redonda que discutiu o Capital humano e a Sociedade do Conhecimento.  

 

“Sociedades fazem uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs) como ferramenta de transferência de conhecimento. O melhor exemplo disso no mundo é a Internet, baseada no uso compartilhado de recursos, na construção coletiva de conhecimento, na interação livre de restrições de espaço e tempo e, na valorização do direito à informação”, observou Mônica Ribeiro.  

 

“Sou de uma geração em que tínhamos tempo para fazer a evolução, mas de alguma forma fomos atropelados, e, hoje, um jovem tem em suas mãos um poder de informação que antes era inimaginável. Infelizmente, não conseguimos transformar e canalizar toda essa informação em conhecimento”, completou o reitor da Estácio, Ricardo Bianchi. Ao concordar com a observação, Walbert Vianna falou sobre os desafios que empresários da Educação enfrentam para resolver esse dilema.  

 

Assista a mesa redonda 3 na íntegra 

 

As dez competências da BNCC 

 

Para finalizar as mesas redondas, o tema Competências do Século XXI foi debatido pelos representantes do Cave, Lawrence Gomes, do Instituto Federal Sudeste, Adriano Reder, e da escola Saci, Luciana Ribeiro. O Secretário de Desenvolvimento Sustentável, Inovação e Competitividade da Prefeitura de Juiz de Fora, Ignácio Delgado, foi o mediador.  

 

Luciana falou sobre as dez competências gerais, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que são conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, repertório cultural, comunicação, cultura digital, trabalho e projeto de vida, argumentação, autoconhecimento e autocuidado, empatia e cooperação e responsabilidade e cidadania.  

 

Ao apresentar o IF Sudeste, Adriano abordou os pressupostos pedagógicos utilizados nos cursos técnicos, de graduação e pós-graduação (especialização), enquanto Lawrence contou a história do curso universitário e falou sobre o desafio de abrir turmas do Ensino Fundamental. “Conseguimos enxergar uma possibilidade diferente. Sair do conteudismo e dar significado ao aprendizado do aluno”.  

 

Assista a mesa redonda 4 na íntegra