Empreendedorismo

Transformando sonhos em doces e muito mais

ENTREVISTA – Rafa Moreno Ela esteve no Moinho para ministrar a Oficina de Geração de Renda e compartilhar com um grupo de mais de 20 pessoas o que mais gosta de fazer: doces e bolos. Empreendedora desde 2014, mais precisamente desde o jogo da final da Copa do Mundo de futebol, Rafa Moreno trocou o emprego formal pela possibilidade de unir prazer e flexibilidade. Nesta entrevista, ela conta como essa história começou e como a experiência de passar seus conhecimentos para outros despertou um potencial que ela nem mesmo sabia que tinha.  

 

Moinho – Você trocou o emprego formal pelo universo do empreendedorismo. O que motivou a sua escolha?  

 

Rafa – Foram duas coisas. A primeira, o amor pela confeitaria que foi só crescendo e crescendo e eu queria fazer aquilo para o resto da minha vida. A segunda,  foi a possibilidade de ter um horário flexível, de ficar mais com a minha filha. Isso me fez tomar a decisão final.  

 

De onde veio o interesse em fabricar bolos e doces?  

 

-O interesse caiu no meu colo de paraquedas. Na verdade, eu sempre gostei muito de cozinhar, de me aventurar na cozinha. Mas, no final da Copa do Mundo de 2014, era aniversário do meu irmão. E a gente tinha esquecido de encomendar um bolo. Íamos fazer um churrasco. E aí eu falei: deixa que vou fazer esse bolo. Pesquisei no Google, fiz o bolo e todo mundo amou. Daí, amigos e amigo de amigos começaram a fazer pedidos e isso foi despertando em mim esse lado de confeiteira mesmo, de querer aprender mais. Queria fazer diferente. Como no início eu fazia para amigos, foi tudo no amor. Isso foi crescendo e eu nunca mais parei. Tudo começou no dia 13 de julho de 2014, que foi o primeiro bolo que eu fiz, recheado, confeitado e deu tudo certo, graças a Deus. 

 

ENTREVISTA – Rafa Moreno Qual é o maior desafio e a maior vantagem em ser empreendedora? 

 

– Meu maior desafio no empreendedorismo é gerir o negócio, fazer o planejamento, fazer cursos, precificar e divulgar meu trabalho. Gosto muito de ir para cozinha, de produzir, criar e embalar meus doces, mas tenho um pouco de dificuldade na parte da gestão. A maior vantagem para mim é o horário flexível e meu amor mesmo pelo que faço. Isso que me move, sabe? 

 

A oficina do Moinho foi a sua primeira experiência. O que mais te marcou?  

 

– A oficina do Moinho despertou em mim algo que nunca poderia imaginar. Eu cheguei muito nervosa, porque nunca tinha dado curso antes. Na verdade, eu mesma fiz poucos cursos. Aprendi mais no dia a dia, na pesquisa e na leitura. Fiquei ensaiando em casa. Fiz o roteiro e, mesmo assim, cheguei bem nervosa. Mas depois dos cinco primeiros minutos, o nervoso passou e eu já me sentia em casa. Eu amei a experiência. Ela despertou um lado em mim que eu realmente não sabia que tinha, que é o de ensinar. Me marcou muito. Vi o interesse das alunas e percebi que quem estava ali queria realmente aprender, estava interessada. Eram pessoas que não estavam ali por acaso. Esse interesse e essa troca de carinhos e experiências me marcaram muito. Tinha gente que já fazia alguma coisa na confeitaria ou então estava em busca de se aprimorar, de aprender mais. Fiquei muito satisfeita com essa experiência incrível. Espero que tenha próximas vezes, se Deus quiser. 

 

Como você imagina seu negócio daqui a 10 anos?   

 

– Eu nunca tinha parado para pensar, para planejar isso, por incrível que pareça. Mas pensando nisso agora, tenho muita vontade de ter um atelier, porque hoje eu trabalho em casa e quero ter meu espaço. Pretendo crescer, pretendo ter funcionários. Quem sabe, no máximo, daqui a dez anos a gente dá essa alavancada? Para mim é um passo muito grande, então terá que ser para o futuro mesmo.