Innovation

Projeto que cria cartão digital de vacinação é o grande vencedor do Hackathon do I Festival de Inovação

Projeto que cria cartão digital de vacinação é o grande vencedor do Hackathon do I Festival de Inovação

Oitenta e um estudantes e profissionais de tecnologia, saúde e educação, além de outros interessados em buscar soluções para problemas reais educacionais e da Saúde participaram no último final de semana (21 e 22 de janeiro) do hackathon organizado pelo Moinho em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora. Foram mais de 24 horas de muita mão na massa, colaboração e discussões que resultaram na criação de nove propostas criativas consideradas de alto padrão de qualidade e aplicabilidade na avaliação dos idealizadores.

 

Juntos, em equipe, os desenvolvedores Fernando Segregio, Winicius Souza, Rafael Reis de Oliveira, Franciane Aprígio, Thiago Puntar e Anthony Tavares foram os vencedores da maratona com o Mais Saúde. Um projeto com foco na imunização que nada mais é que um cartão de vacina digital, onde são registradas todas as vacinas que o usuário já recebeu e as que faltam a ser tomadas. O aplicativo avisa, por meio de Serviço de Mensagens Curtas (SMS), e-mail e WhatsApp, quando é preciso procurar o posto de saúde.

 

“Focamos na volta das doenças que já foram erradicadas, porque as pessoas não estão se vacinando corretamente. Fizemos uma pesquisa e concluímos que 98% delas receberam a vacina contra a Covid, mas 72% desse público não sabia quais as outras vacinas precisavam tomar, além de não fazerem ideia de onde estava o cartão de vacina”, explica Fernando Segregio.

 

Como prêmio, a equipe será convidada a compor a comunidade do Hub de Inovação do Moinho por seis meses, incluindo acesso ao coworking, a eventos e muito networking. “O objetivo é que o projeto seja validado na prática, afinal, queremos fazer de Juiz de Fora um laboratório para testar e validar sistematicamente soluções que impactem positivamente a sociedade!”, explica o gestor do Hub de Inovação, Arthur Avelar.

 

Trabalho das equipes impressionou os organizadores

 

Representante do Google Developers Group de Juiz de Fora, Tiago Gouvêa, já esteve à frente da organização de outras cinco iniciativas semelhantes. “Esse hackathon foi muito bom, porque as equipes se empenharam em resolver problemas reais nas áreas de Educação e Saúde identificados durante a realização do 1º Festival de Inovação Social. As soluções apresentadas nos deixaram muito impressionados. Acreditamos que vão surgir negócios a partir desse evento”, aposta Tiago.

 

A desenvolvedora Isabella Santos, que já participou da organização de outros hackathons, mas atuou pela primeira vez como mentora, também destaca a qualidade dos projetos desenvolvidos pelos participantes. “Achei muito legal realizar um evento desse porte em Juiz de Fora, já que não é muito comum ter eventos assim na área de tecnologia por aqui. Todos os hackathons que participei foram no Rio ou em São Paulo. Ter essa oportunidade na minha cidade me enche de alegria e orgulho, sem contar que os projetos desenvolvidos foram muito bons. A galera se empenhou em resolver os problemas, trazendo soluções inovadoras”, elogia.

 

E não foi por menos. A empolgação tomou conta dos participantes do evento marcado por rodas de conversa com empreendedores, interação com mentores, prática de yoga e até jogos de tabuleiro. Tudo para estimular a criatividade e o protagonismo. Para a estudante de Administração, Ana Carolina Félix, a experiência foi além de suas expectativas.

 

“A organização foi incrível. Os mentores são muitos bons profissionalmente, sabem instruir. Eu aprendi muito com eles e também com os programadores. Não entendo uma linha de programação, mas deu pra pegar um pouco da ideia. Foi muito aprendizado em questões de minutos”, comentou ao final da maratona.

 

Para o empresário Lucas Fonseca, o networking em eventos como hackathon é essencial. “Foi a oportunidade de me conectar com outras pessoas, conhecendo possíveis e futuros parceiros, além de desenvolver nossas habilidades em programação”.

 

Projeto que cria cartão digital de vacinação é o grande vencedor do Hackathon do I Festival de Inovação

 

Conheça os projetos desenvolvidos

Os  inscritos no Hackathon do Moinho foram divididos em 16 equipes, tendo a perspectiva do desenvolvimento de soluções transversais e multidisciplinares.  Após mais de 24 horas ininterruptas de trabalho, o resultado foi a apresentação de 9 propostas, sendo quatro na aérea de Educação e cinco na de Saúde, incluindo a vencedora Mais Saúde. Confira abaixo as oito demais soluções.

 

EDUCAÇÃO

 

Operacionalização de matrículas: projeto desenvolvido para facilitar o processo de matrículas escolares. O responsável pelo aluno cadastra todos os dados que já vão direto para a unidade escolar. Além das informações pessoais do estudante, o aplicativo também serve como base para lançamento de notas pelos professores, para acompanhamento também dos pais.

 

P.I.D: Portal da Diversidade e Inclusão: desenvolvido para facilitar a comunicação e favorecer a conexão entre pessoas com deficiência, profissionais da Educação e empreendedores. Objetivo é ofertar material didático e de apoio para pessoas com deficiência a partir de suas necessidades educacionais e de rotina.

 

– A.V.E (Assistente Virtual Escolar): Projeto voltado à saúde mental dos professores. A plataforma auxilia na montagem de provas, por exemplo. Basta colocar o tema desejado que a Inteligência Artificial se encarrega de estruturar o teste, auxiliando na redução da carga horária de trabalho.

 

– Class Play: voltado para minimizar a evasão escolar, assim como a má utilização das tecnologias pelos alunos. O aplicativo oferece trilhas de aprendizagem focadas na grade curricular.  Ao final de cada trilha, há um link para conteúdo. À medida em que o estudante avança na trilha, ele acumula moedas e as converte em prêmios físicos.

 

SAÚDE

 

– Inovamed: projeto de compartilhamento de dados cadastrais de pacientes entre os sistemas público e privado de saúde. Por meio dele, em qualquer localidade do Brasil, um médico (com a CRM válido) terá acesso às informações do paciente, considerando que se trata de dados sensíveis que precisam estar em ambiente bastante seguro e confiável.

 

– PRONCOVO (para onde eu vou): sistema de triagem remota em que o usuário informa sintomas e é direcionado para atendimento de acordo com as informações recebidas. Casos menos graves são conduzidos para Unidades Básicas de Saúde, por exemplo, e os mais graves para unidades hospitalares. O objetivo é evitar filas desnecessárias e agilizar o atendimento.

 

– Hub: projeto focado na saúde mental de estudantes que os conecta a professores e psicólogos. Os estudantes alimentam a plataforma indicando sintomas e sentimentos, assim como podem esclarecer dúvidas escolares. Os dados são acompanhados por professores e psicólogos responsáveis pelas intervenções. Pelo aplicativo, será possível mapear a saúde mental do coletivo, da escola, da região e também individualmente.

 

– Meduca: plataforma 100% funcional voltada para capacitação e alocação de profissionais da Saúde, sejam eles do atendimento direto aos pacientes, como médicas e enfermeiras, sejam do setor administrativo.