Conversa com o Especialista chega a 9ª edição e promove capacitação em estratégias de vendas

Com o tema Hackeando Vendas, o evento traz estratégias de como potencializar os resultados do seu negócio

 

A 9ª edição da Conversa com o Especialista acontece no dia 23 deste mês, às 19h, no auditório do Moinho. Com o tema Hackeando Vendas, o evento reúne três especialistas para promover a capacitação de empreendedores nas estratégias de desenvolvimento de negócios a partir da potencialização de vendas. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através do site. As vagas são limitadas.

 

Nesta edição, Vítor Baesso, CEO do Grupo Hackeando Processos e especialista em Operações de Vendas B2B (do inglês Business to Business, ou seja, negócios entre empresas); Danilo Martins, publicitário e especialista em Gestão de Negócios e Marketing; e Gabriel Machado, CEO do FaçaAgora serão os palestrantes.

 

Segundo o Gestor de Inovação do Moinho, Arthur Avelar, a Conversa com o Especialista, realizada em parceria com outras organizações da cidade, tem o objetivo de capacitar pessoas para promover a cultura da inovação. “Todos os profissionais convidados são referência nas suas áreas e sabem da importância de conectar pessoas para o fortalecimento do ecossistema. Não só as que empreendem, mas também as que querem empreender. Uma vez conectadas, elas têm a oportunidade de potencializar seus resultados”, pontua. 

 

Estruturação da área de vendas

Da teoria à prática, a imersão visa traçar estratégias de como estruturar a área de prospecção e vendas da empresa por meio do uso de metodologias inovadoras. Serão apresentadas ferramentas que auxiliam a gestão do processo de prospecção e automatizam o fluxo de potenciais clientes do negócio. A formação de uma mesa redonda com os especialistas finaliza o evento para promover networking e a troca de conhecimento. 

 

Conversa com Especialista

A Conversa com Especialista integra a RedeMoinho, iniciativa com diversas atividades e eventos, para estimular a conexão e fortalecer a rede empreendedora de Juiz de Fora. Profissionais de referência dos mais diversos segmentos são convidados para um bate-papo inspirador e transformador, no auditório do Moinho, gerando reflexões, oportunidades e integração entre os diversos atores do ecossistema de inovação.

 

Para Hyamanna Souza, CEO da startup Para Elas Mobilidade, sediada no Moinho, “o evento promove um ambiente propício para compartilhar conhecimento. É maravilhoso porque com essas informações, conseguimos diminuir de 30% a 40% alguns erros. Com isso, a gente ganha tempo e economiza esforço para alavancar o negócio. Participar das conversas é um ganho muito grande para o meu empreendimento”, ressalta. 

Capitalismo Consciente é pauta de novo encontro do Fórum ESG Juiz de Fora

 

Juiz de Fora cria fórum empresarial para disseminar e fomentar adoção de práticas ambientais, sociais e de governança

O Capitalismo Consciente, movimento global originado nos Estados Unidos, e que tem como objetivo elevar a consciência das lideranças para práticas empresariais baseadas na geração de valor para todas as partes interessadas, é o tema da reunião que o Fórum ESG Juiz de Fora realiza nesta segunda-feira, dia 21, com a presença da consultora Francine Póvoa, professora convidada da Fundação Dom Cabral, coautora do livro “ESG: a referência da responsabilidade social empresarial”, conselheira e embaixadora certificada do Instituto Capitalismo Consciente Brasil. O evento encerra a programação do Fórum ESG, neste ano.  

 

“Convidamos as principais lideranças das empresas participantes do Fórum para estarem conosco, fazendo essa reflexão importante para o momento que vivemos, nos quais as organizações privadas têm assumido o protagonismo nas questões relacionadas à sustentabilidade, daí a escolha desse tema para o último encontro do grupo neste ano”, afirma a diretora do Moinho, Rita Rodrigues. 

 

Alicerçado nos pilares – Propósito Maior, Cultura Consciente, Liderança Consciente e Orientação para Stakeholders – o Capitalismo Consciente objetiva não apenas assegurar valor financeiro, como também intelectual, físico, ecológico, social, emocional, ético e até mesmo espiritual a toda as partes interessadas de um negócio. Por isso, segundo Francine Póvoa, sua relação é intrínseca com as métricas ESG (do inglês Environmental, Social and Governance) e dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).  

 

Desenvolvida por John Mackey, cofundador e CEO da Whole Foods Market, e por Raj Sisodia, especialista em gestão e professor da Babson College, essa filosofia propõe uma visão mais holística do universo empresarial. Desde que foi iniciado em 2010, com a fundação do Instituto Conscious Capitalism, seguido três anos depois, pela publicação do livro Conscious capitalism: liberating the heroic spirit of business (Capitalismo consciente: como liberar o espírito heroico dos negócios), o movimento ganha cada vez mais adesão mundial, inclusive no Brasil. 

 

Tanto que, em 2013, foi criado o Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB), que tem, atualmente, Hugo Bethlem como chairman e Dario Neto no cargo de diretor geral. Com atuação expressiva também no âmbito da América Latina desde sua fundação, em 2021, o ICCB iniciou as atividades da Academy, com a oferta, dentre outros, dos cursos de Certificação Básica e Avançada para interessados em se tornarem líderes conscientes, assim como inaugurou 11 filiais regionais pelo país. 

 

Nexa apresenta case de sucesso em Diálogos ESG 

 

Como parte da programação da reunião do Forum ESG, a Nexa, empresa global de mineração e metalurgia de metais não-ferrosos, resultado da fusão da brasileira Votorantim Metais e da peruana Milpo, com sede em Juiz de Fora, apresenta o case “Voluntariado estratégico: A ação comunitária na Perspectiva ESG”.  

 

A apresentação, que será feita pela consultora de Gestão Social, Flaviane Soares, é uma iniciativa proposta pelo Grupo de Trabalho de Comunicação do Fórum ESG, batizada de “Diálogos ESG”, que tem como objetivo promover e estimular a troca de conhecimento entre as mais de 40 empresas participantes, por meio de relatos de aplicações práticas e bem-sucedidas que despertaram novos olhares sobre os negócios.  

 

 

Conheça os quatro pilares do Capitalismo Consciente 

 

  1. PROPÓSITO MAIOR

O propósito de uma empresa deve ser muito mais do que simplesmente gerar lucros: é a causa pela qual a empresa existe. 

 

  1. CULTURA CONSCIENTE

É a incorporação dos valores, princípios e práticas subjacentes ao tecido social de uma empresa. Ela conecta os stakeholders uns aos outros e também ao seu propósito, pessoas e processos. 

 

  1. LIDERANÇA CONSCIENTE

Os líderes conscientes são responsáveis por servir ao propósito da organização criando valor para todos os seus stakeholders e cultivando uma Cultura Consciente de confiança e cuidado. 

 

  1. ORIENTAÇÃO PARA STAKEHOLDERS

Um negócio deve gerar diferentes valores para todas as partes interessadas, os chamados stakeholders. 

                                              

Fonte: Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB) 

 

Moinho exibe curta metragens na pré-abertura de festival de cinema

Moinho exibe curta metragens na pré-abertura de festival de cinema Começa nesta segunda-feira, dia 21, o Primeiro Plano 2022 – Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades, que é uma realização do Luzes da Cidade – grupo formado por cinéfilos e produtores culturais. Para abrir simbolicamente o festival, o Moinho recebe nesta sexta-feira, 18, a Sessão Lanterninha, com a apresentação de oito curta metragens para alunos da Escola Municipal Antônio Carlos Fagundes, em dois horários: às 8h e às 10h.Em sua 21ª edição, o evento tem como objetivo incentivar e dar visibilidade a diretores estreantes da região e da América do Sul.  

 

Ao todo, compõem o Primeiro Plano 24 filmes da Mostra Competitiva Mercocidades e 34 da Mostra Competitiva Regional Zona da Mata mineira. Nesta última, os filmes universitários selecionados concorrerão ao prêmio de R$ 10 mil. O vencedor ainda terá acesso a serviços de parceiros para a finalização de um novo curta, de até 20 minutos, que será exibido na edição 2023 do Primeiro Plano. Na Mostra Competitiva Mercocidades, o público-alvo é formado por diretores estreantes de países da América do Sul. 

 

Neste ano, 280 filmes foram inscritos, sendo 240 da Mostra Competitiva Mercocidades e 40 da Mostra Competitiva Regional. Diretora de comunicação do Luzes da Cidade, Marília Lima explica que o interesse dos realizadores pelo festival impressiona. “Recebemos filmes de todo o Brasil. Além disso, houve uma grande adesão das produções universitárias. E todos eles de produções maiores, fora do enredo focado no isolamento que acabou marcando o Primeiro Plano nos dois últimos anos”, avalia. 

 

Nesta edição, o Festival tem como temática “o retorno e o renascimento” por motivos diversos. “Tem o retorno do público ao cinema, assim como o renascimento de conjunturas políticas que nos dão expectativa para chegarmos a uma normalidade no curso das produções”, afirma Marília, ao citar os desafios e as dificuldades recentes de cenário para a cultura, no Brasil e no mundo. 

 

Moinho realiza sexta edição da Feirinha de Negócios Locais da Zona Norte

Feirinha de Negócios do MoinhoNeste sábado, dia 12, o Moinho, em parceria com a Enactus/UFJF, realizará a 6ª Feirinha de Negócios Locais da Zona Norte. Foram selecionados 20 pequenos e microempreendedores para participarem como expositores do evento. Ao criar oportunidades para a comercialização de produtos e serviços de pequenos negócios, a Feirinha visa fortalecer os negócios locais, assim como estimular o empreendedorismo.  

 

“Estamos bastante entusiasmados e na expectativa de gerar bons negócios para os empreendedores participantes. Por isso, o apoio e a participação dos consumidores são fundamentais para impulsionar os pequenos negócios, dar visibilidade e contribuir para o desenvolvimento local”, avalia André Noronha, gestor de Comunidades do Moinho.  

 

Desta vez, a Feirinha será na Loja Abertha, área coberta, no andar térreo do prédio da Saúde. Além das barraquinhas com produtos e serviços variados, o evento terá música ao vivo com o cantor Will.  

 

A organização oferece gratuitamente aos microempreendedores infraestrutura necessária para a participação na feira, mas eles passam também a ter acesso aos eventos de formação do Moinho. “Disponibilizamos trilhas de capacitações, mentorias, com a Rede Empreendedora”, conclui André Noronha. 

 

Confira o nome dos negócios participantes: 

Bárbara dos Santos de Paula – Doce Pérola. @doceperolabr
Débora e Michel Fogaceiros – Fogaça artesanal. @fogaceirosjf
Lucas Izan Oliveira Rodrigues – Foju. @foju.doces
Cirmara da Silva Santos – Licor do Porto. @licordoportojf
Renata Calichio – Bem Caramelo Confeitaria Artesanal. @bemcaramelo
Lucia Maria Medina Floresta – Medinas Biju. @medinas_biju
Gláucia de Oliveira Morato Machado – Ateliê GláuciArte. @atelieglauciarte
Vanderleia de Souza Almeida – Vanderleia crocheteria. @vanderleiacrocheteria
Priscila Ferraz Baltar – Multveg. @MULTVEG
Leslye Marques do Valle – Âmbar Produtos. @ambar.produtos
Raquel Henriques de Andrade Mendes – Raquel Andrade doces. @raquelandradedoces
Paula Ferreira Oliveira Santos – Paula Ferreira Acessórios Handmade. @paulaferreiraacessorios
Hiara Soares Rodrigues – Pães 3m Artesanais. @paes3m
Michele Soares Henriques – Yogano Cosmésticos Veganos. @yogano_cosmeticosveganos
Rosilene Alves da silva – Art da Rose. @art_darose
Alessandro Ribeiro Vaz – Imperial Aromas. @imperial.aromas
Renata Prata dos Santos – Azeites Saborizado Kochen. @Azeiteskochen.renata
Mariana de Oliveira Falce Garcia – Natu Produtos Artesanais. @natuprodutosartesanais
Gisele Aparecida de Lima Ferreira – Delícias da Gigi. @giseleconfeiteira
Aline de Melo Nogueira Martins – Livros e brinquedos em feltro. @ateliealinemartinsjf 

Segundo dia do Festival de Inovação Social destaca a urgência de investimentos em Educação

Segundo dia do Festival de Inovação Social destaca a urgência de investimentos em Educação Esforço colaborativo e multilateral para pensar como Juiz de Fora pode se desenvolver de maneira sustentável na Educação, o segundo dia do Festival de Inovação Social conectou diferentes agentes tanto do sistema público auanto privado, assim como de organizações do Terceiro Setor, a exemplo da Fundação Roberto Marinho e da Fundação Estudar.   

 

Na parte da manhã, foram realizadas atividades com alunos de duas escolas públicas da Zona Norte, e, à tarde, mesas redondas que debateram temas, como “A educação básica em Juiz de Fora”, “Novas metodologias de ensino e aprendizagem”, “Capital humano”, “A Sociedade do Conhecimento” e “Competências do Século XXI”. As atividades foram encerradas à noite com painel sobre “Boas Práticas no Brasil”.   

 

Gerente de Desenvolvimento da Fundação Roberto Marinho, Tânia Pimenta, e o representante da Fundação Estudar, Cláudio Castro abordaram a necessidade de investimentos em educação para que seja possível a construção de um futuro sustentável. “Hoje em dia falamos muito das habilidades sócios emocionais. Fica cada vez mais fica clara essa necessidade para os jovens. Todos precisamos, mas começar por eles é muito importante”, destacou Tânia. Para Cláudio Castro, investir no desenvolvimento de relações interpessoais é vital para o crescimento das empresas e dos próprios profissionais.   

 

Assista o painel na íntegra  

 

Educação básica em pauta 

 

A Educação básica em Juiz de Fora foi o tema da primeira mesa e estavam presentes o proprietário da rede Apogeu de ensino, Makerley Arimatéia, a Fundadora e CEO do Instituto Amargen, Lívia Silveira, e a subsecretária de Articulação das Políticas Educacionais da Prefeitura de Juiz de Fora, Graciele Fernandes, que apresentou números relacionados à educação municipal: 102 escolas e 46 creches que atendem a 46 mil estudantes.  

 

“O Instituto Amargen significa amar gente, e nossa missão é superar as margens de desigualdades que segregam, criando pontes de oportunidades para pessoas de comunidade. Nossa visão é ser referência em educação e impacto social”, explicou Lívia Silveira.  Ao apresentar a Rede de Ensino Apogeu, Markeley fez questão de destacar o Projeto Transformar criado em 2016. “É um projeto que apoia o desenvolvimento de alunos de alto potencial acadêmico em condições de vulnerabilidade socioeconômica. Ou seja, que não possuem acesso à educação de qualidade. Desde a sua origem, já oferecemos mais 450 bolsas”, disse.   

 

Assista a mesa redonda 1 na íntegra  

 

Novas tecnologias de ensino e aprendizagem  

 

Segundo tema do dia, novas metodologias de ensino e aprendizagem trouxeram ao Moinho os representantes da escola HUB, Thiago, Almeida, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde – Suprema, Djalma Ricardo, do Colégio Sarah Dawsey, Bernardo Lagermann, e da Escola Municipal José Calil Ahouagi, Marcos Adriano. “Um novo método exige mudanças na avaliação, na organização do espaço físico, nos materiais didáticos, na formação docente. E o sucesso na implementação de novos métodos está mais relacionado com uma visão sistemática do que com a qualidade do método em si”, afirmou o fundador e diretor executivo e acadêmico da Escola HUB.  

 

Já o diretor executivo do Sarah Dawsey explicou que a proposta pedagógica do colégio é viabilizar um processo educativo mais significativo, despertando nos alunos uma aprendizagem participativa, com ênfase na reflexão e na construção sistemática. Esta também foi a ênfase do diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão da Suprema, Djalma Ricardo que abordou a aprendizagem baseada no significado e em problema (articulação interdisciplinar). 

 

Criar experiências de aprendizagens que possam ser realizadas em um determinado período de tempo e depois serem socializadas com toda a comunidade escolar é uma das diretrizes da Escola Municipal José Calil Ahouagi.  De acordo com o diretor Marcos Adriano o objetivo é proporcionar aos alunos possibilidades de escolha em torno daquilo que eles pretendem aprender, a partir de propostas apresentadas pelo grupo de professores.    

 

Assista a mesa redonda 2 na íntegra 

 

O desafio de transformar informação em conhecimento 

 

O reitor do Centro Universitário da Estácio de Sá, Ricardo Bianchi, o diretor do IESPE /EnsinE, Walbert Vianna, e a professora titular de História do Brasil do Departamento e Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Mônica Ribeiro, foram os convidados da mesa redonda que discutiu o Capital humano e a Sociedade do Conhecimento.  

 

“Sociedades fazem uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs) como ferramenta de transferência de conhecimento. O melhor exemplo disso no mundo é a Internet, baseada no uso compartilhado de recursos, na construção coletiva de conhecimento, na interação livre de restrições de espaço e tempo e, na valorização do direito à informação”, observou Mônica Ribeiro.  

 

“Sou de uma geração em que tínhamos tempo para fazer a evolução, mas de alguma forma fomos atropelados, e, hoje, um jovem tem em suas mãos um poder de informação que antes era inimaginável. Infelizmente, não conseguimos transformar e canalizar toda essa informação em conhecimento”, completou o reitor da Estácio, Ricardo Bianchi. Ao concordar com a observação, Walbert Vianna falou sobre os desafios que empresários da Educação enfrentam para resolver esse dilema.  

 

Assista a mesa redonda 3 na íntegra 

 

As dez competências da BNCC 

 

Para finalizar as mesas redondas, o tema Competências do Século XXI foi debatido pelos representantes do Cave, Lawrence Gomes, do Instituto Federal Sudeste, Adriano Reder, e da escola Saci, Luciana Ribeiro. O Secretário de Desenvolvimento Sustentável, Inovação e Competitividade da Prefeitura de Juiz de Fora, Ignácio Delgado, foi o mediador.  

 

Luciana falou sobre as dez competências gerais, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que são conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, repertório cultural, comunicação, cultura digital, trabalho e projeto de vida, argumentação, autoconhecimento e autocuidado, empatia e cooperação e responsabilidade e cidadania.  

 

Ao apresentar o IF Sudeste, Adriano abordou os pressupostos pedagógicos utilizados nos cursos técnicos, de graduação e pós-graduação (especialização), enquanto Lawrence contou a história do curso universitário e falou sobre o desafio de abrir turmas do Ensino Fundamental. “Conseguimos enxergar uma possibilidade diferente. Sair do conteudismo e dar significado ao aprendizado do aluno”.  

 

Assista a mesa redonda 4 na íntegra 

 

Especialistas discutem desafios da saúde no primeiro dia do Festival de Inovação Social

 

Especialistas discutem desafios da saúde no primeiro dia do Festival de Inovação Social O primeiro dia do Festival de Inovação Social de Juiz de Fora realizado pelo Moinho em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora com o objetivo de incentivar o desenvolvimento urbano sustentável reuniu especialistas da Saúde que discutiram sobre o cenário atual e as perspectivas de futuro para o sistema na cidade e na Zona da Mata. 

 

O painel “Boas Práticas no Brasil” contou com a participação do fundador da Fourge (Porto Alegre – RS), Luciano Mantelli, e do Diretor de Operações da Rede Mater Dei de Saúde (Belo Horioznte – MG), José Henrique Salvador. “Me incomodava muito quando alguém dizia que cultura não se muda rápido. Esse era o principal motivo para isso não acontecer. Essa desculpa se transforma no grande peso para que não haja mudança”, observou Luciano, ao se referir ao que mais ouvia dentro as organizações.  

 

“Boas práticas é tudo aquilo que conseguimos fazer virar prática. Na consultoria, passamos a falar que cultura muda de um dia para o outro. Basta querer. Isso não significa que vai mudar tudo no mesmo dia, mas significa que você muda a seta para cima e o nível de resposta é outro. Eu acredito muito que cultura não é uma matéria, não podemos colocar mudança de cultura em uma caixinha separado de resultado, processo, modelo. A cultura precisa ser algo que a gente instiga, a partir do momento que a começamos a trabalhar as matérias”, acrescentou Luciano.  

 

“Redesenhamos os nossos valores e um deles é inovação e pioneirismo. E uma atividade que trabalhamos com muita força é a habilidade de entender que as pessoas têm que errar, corrigir rápido os seus erros, mas que precisam experimentar. O que a gente tem tentado é diminuir a punição ao erro, e fazer com as pessoas possam efetivamente experimentar dentro das suas áreas”, completou José Henrique Salvador. 

 

Durante a apresentação, os dois painelistas destacaram a importância do autocuidado como a melhor estratégia para assegurar melhores resultados em Saúde. “No Brasil tem mais gente com plano de academia do que com plano de saúde. Isso só mostra que a discussão não pode ser entre hospital e operadora. Não colocamos academia e plano de saúde nessa conta, porque estamos falando de um modelo em que práticas de cuidado têm a ver com esporte, nutrição, autocuidado apoiado. Somos enganados em pensar que cuidar da doença é seguro. Quando falamos em saúde, estamos olhando para as coisas erradas. A saúde não está em cuidar somente da doença”, afirmou Luciano.

  

Assista o painel na íntegra 

 

Tarde foi marcada pelo compartilhamento   

 

Para debater o tema “O sistema de saúde em Juiz de Fora”, foram convidados o economista da Ultrimagem, Anderson Mattozinhos, a médica e diretora da Unimed Juiz de Fora, Nathércia Abrão, e o subsecretário de Planejamento da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora, Leonardo Azevedo. 

 

“Juiz de Fora não é uma cidade deficiente no ponto de vista de equipamento de saúde, muito pelo contrário, é uma cidade altamente resolutiva, com tecnologia de ponta, mas que ainda falta integrar todo o aparelho privado ao público. Nós somos uma empresa 100% privada, mas talvez sejamos uns dos poucos na cidade que tenha interface com a parte pública. Estamos presentes dentro de um hospital filantrópico que atende ao Sistema Único de Saúde”, observou Anderson. “Por estarmos em duas realidades diferentes, conseguimos ter uma visão distinta de como o sistema de saúde funciona. O cenário econômico especifico é muito desafiador. Por isso, talvez seja uma das principais relevâncias desse evento”.  

 

Para o subsecretário de Planejamento da Secretaria de Saúde, Leonardo Azevedo, o Festival de Inovação conversa muito com o esforço que a Prefeitura tem feito, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade (SEDIC), comandada pelo secretário Ignacio Delgado, na criação do grupo de trabalho denominado Missão Saúde.  

 

Ele abordou o conceito de cidade sustentável e os pilares para sua construção, assim como apresentou as prioridades da gestão municipal baseadas no Fortalecimento da Atenção Primária; Ações e políticas de promoção em Saúde; Planejamento ascendente e participativo; Informatização e modernização da gestão e Melhor organização e qualificação da rede contratualizada.  

 

Diretora de Provimento e Saúde da Unimed Juiz de Fora, Nathércia Abrão destacou o momento atual na saúde e falou sobre o ecossistema desenvolvido pela cooperativa. “Nós queremos uma atenção integral de saúde, e para isso o mais importante é a coordenação do cuidado e a linearidade das ações”, pontuou.  

 

Assista a mesa na íntegra 

 

Acesso qualificado para a população é tendência 

 

Tendências para o setor foi outro tema debatido no primeiro dia do Festival com a participação do diretor presidente do Hospital Albert Sabin, Célio Chagas, do diretor na Policonsultas, João Paulo Ghedim, e do professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Renato Nunes.  

 

“Gostaria de dizer que tendência é um assunto extremamente amplo, mas que tem algumas premissas interessantes. O sistema de saúde necessita cada vez mais ser integrado, sustentável, com acesso qualificado à população. Se tivermos esse conjunto funcionando, o grande beneficiado será o paciente”, disse Célio Chagas.  

 

Com a oferta de consultas em várias especialidades médicas e exames a preços mais acessíveis para a população, a Policonsultas não se propõe a substituir o plano de saúde, pois não oferece serviços de internação hospitalar, explicou João Paulo Ghedim. “Mas para um nível ambulatorial é um serviço de qualidade com baixo custo pois dispensa o pagamento de mensalidade, sem custo fixo para o usuário.  

 

Representante da UFJF, Renato Nunes falou sobre nutrição e contou que se especializou no acolhimento e no entendimento de gente. “Quando falamos em tecnologia e inovação, temos que pensar em pessoas. A nutrição é a mãe de todas as ciências da saúde, porque sem ela nenhuma outra funciona. Vivemos em um mundo tão tecnológico, que o ser humano ainda não entendeu que a base é alimentar”, disse, citando exemplos de como uma boa alimentação é primordial para a boa saúde.   

 

Assista a mesa na íntegra  

 

Tecnologia para atender mais pessoas 

 

Tecnologia e Inovação em saúde também estiveram em pauta. Os convidados para essa mesa foram o representante da empresa MaisLaudo, Antônio Miranda, o médico Gustavo Ramalho, representando o Hospital Monte Sinai, e Celso Moraes, da Fadepe/UFJF.  A MaisLaudo emite laudos médicos a distância, utilizando plataforma web. A tecnologia é usada como base de otimização, para que a empresa ofereça seu diferencial. “Atualmente estamos presentes em 1.100 municípios e isso significa levar saúde para lugares que não têm acesso”, argumentou Antônio.  

 

No Hospital Monte Sinai, “temos Inteligência Artificial como auxílio na estruturação de dados, para otimizar processos e balizar a tomada de decisão; Telemedicina como apoio ao diagnóstico e implementação da terapia em síndrome coronariana aguda e Acidente Vascular Encefálico; Medicina Regenerativa: referência em tratamento e pesquisa com Células-Tronco, e impressões 3D para cirurgias minimamente invasivas”, observou Gustavo Ramalho.  

 

Já Celso Moraes explicou que a Universidade Federal de Juiz de Fora é um meio, e por isso tem papel importante e relevante na entrega e no desenvolvimento da inovação e da tecnologia que vão culminar nos interesses da sociedade e no bem-estar social. 

  

Assista a mesa na íntegra  

 

Regionalização pode ser ampliada  

 

Polo regional de saúde, a Zona da Mata foi tema de mesa redonda que reuniu o médico e professor do Hospital Universitário, Dimas Araújo, e o Diretor da Superintendência Regional de Saúde de Juiz de Fora, Renan Guimarães. “Hoje somos referência em atendimento na área da saúde e do ensino, mas podemos melhorar. Pretendemos retomar, no próximo ano, a conclusão do hospital universitário”, disse Dimas.  

Para o diretor da Regional de Saúde, “inovação tem relação com novos serviços, novos processos e uso de novas tecnologias. Além disso, a inovação na saúde é fundamental para a melhoria da qualidade do sistema”.   

 

Assista a mesa na íntegra  

 

Gerente de Desenvolvimento da Fundação Roberto Marinho, Tânia Pimenta participa hoje do Festival de Inovação

Ela destaca a co.liga, escola digital que oferece formação e inclusão para jovens

 

Gerente de Desenvolvimento da Fundação Roberto Marinho, Tânia Pimenta participa hoje do Festival de Inovação A Fundação Roberto Marinho (FRM) foi convidada a participar da primeira edição do Festival da Inovação de Juiz de Fora, evento realizado pelo Moinho, em parceria com a Prefeitura. A gerente de Desenvolvimento da FRM, Tânia Pimenta, vai representar a fundação no Painel – Boas Práticas no Brasil, ao lado do Cláudio Castro, da Fundação Estudar.

 

“Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar o Moinho pela iniciativa de organizar este encontro, onde vamos discutir, entre outros assuntos, os desafios da educação e o desenvolvimento urbano sustentável. Eu vou apresentar ao público a co.liga, uma escola digital que promove cursos on-line e disponibiliza oportunidades na área de economia criativa por meio de uma plataforma digital, conectando jovens, profissionais e empresas de diferentes áreas de atuação”, destaca Tânia.

 

Com acesso gratuito, a escola digital oferece formação e inclusão de jovens em vulnerabilidade social no mercado de trabalho. A co.liga é uma  iniciativa  da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) em parceria com a Fundação Roberto Marinho e mobiliza criadores, produtores de conteúdo, coletivos e empresas de todo o país.

 

São ofertados 38 cursos de curta duração em cinco áreas da economia criativa — Patrimônio, Música, Multimídia, Design e Artes Visuais — e temas transversais, como empreendedorismo, línguas, cidadania e elaboração de projetos culturais. Entre as opções, estão desde fotografia, design para web e roteiro audiovisual até turismo para cidades criativas, passando por produção musical, produção de infográficos e outros.

 

“A nossa intenção ao criarmos a co.liga foi a de oferecer um conteúdo de qualidade e diferenciado, prioritariamente para as juventudes das classes C, D e E. Hoje temos 13.224 estudantes em todo o país”, complementa Tânia. A co.liga se organiza nos eixos de educação, trabalho e comunidade, com materiais educacionais desenvolvidos por profissionais do mercado; tutores para apoiar a formação dos estudantes; oportunidades de trabalho oferecidas por empresas e uma comunidade de co.ligados para trocar ideias. Todos os cursos são online e gratuitos: cada estudante escolhe sua trajetória e acessa quando e onde puder, por celular ou computador, a plataforma coliga.digital.

Confira os selecionados da VII Feirinha de Negócios Locais

Confira o resultado do processo de seleção do Projeto Feirinha, uma iniciativa do Moinho em parceria com a Enactus. Foram selecionados 20 pequenos e microempreendedores para participarem como expositores do evento que será realizado dia 12 novembro de 2022.

 

Confira o nome dos selecionados:

Bárbara dos Santos de Paula – Doce Pérola. @doceperolabr
Débora e Michel Fogaceiros – Fogaça artesanal. @fogaceirosjf
Lucas Izan Oliveira Rodrigues – Foju. @foju.doces
Cirmara da Silva Santos – Licor do Porto. @licordoportojf
Renata Calichio – Bem Caramelo Confeitaria Artesanal. @bemcaramelo
Lucia Maria Medina Floresta – Medinas Biju. @medinas_biju
Gláucia de Oliveira Morato Machado – Ateliê GláuciArte. @atelieglauciarte
Vanderleia de Souza Almeida – Vanderleia crocheteria. @vanderleiacrocheteria
Priscila Ferraz Baltar – Multveg. @MULTVEG
Leslye Marques do Valle – Âmbar Produtos. @ambar.produtos
Raquel Henriques de Andrade Mendes – Raquel Andrade doces. @raquelandradedoces
Paula Ferreira Oliveira Santos – Paula Ferreira Acessórios Handmade. @paulaferreiraacessorios
Hiara Soares Rodrigues – Pães 3m Artesanais. @paes3m
Michele Soares Henriques – Yogano Cosmésticos Veganos. @yogano_cosmeticosveganos
Rosilene Alves da silva – Art da Rose. @art_darose
Alessandro Ribeiro Vaz – Imperial Aromas. @imperial.aromas
Renata Prata dos Santos – Azeites Saborizado Kochen. @Azeiteskochen.renata
Mariana de Oliveira Falce Garcia – Natu Produtos Artesanais. @natuprodutosartesanais
Gisele Aparecida de Lima Ferreira – Delícias da Gigi. @giseleconfeiteira
Aline de Melo Nogueira Martins – Livros e brinquedos em feltro. @ateliealinemartinsjf

“Na escassez, a criatividade precisa existir”

Palestrante do 1º Festival de Inovação, Luciano Mantelli fala de suas experiências no sistema de saúde de Juiz de Fora e nas tendências para o setor  

 

Luciano Mantelli

 

Luciano Luis Mantelli nasceu em uma família de agricultores do sul do país e, aos 13 anos mudou-se da pequena localidade no interior do Rio Grande do Sul para estudar em Porto Alegre. Hoje, quando olha para trás, tem certeza que conseguiu realizar muito, mas sua inquietação almeja muito mais. Fundador da Fourge, consultoria que se dedica a ressignificar o olhar sobre as relações humanas e sociais, sejam elas nos níveis pessoais e organizacionais, ele está envolvido há mais de 20 anos em experiências nas áreas de saúde e educação.  

 

Com currículo extenso construído por atuações em várias cidades do país, Luciano não poderia ficar de fora do 1º Festival de Inovação, que será realizado pelo Moinho nos dias 3 e 4 de novembro em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora. Nesta entrevista exclusiva, ele, que conhece bem o sistema de saúde de Juiz de Fora e região, desafia olhares e percepções sobre o desenvolvimento regional.  

  

SAÚDE 

 

Pude conhecer algumas experiências bem legais, principalmente, no que tange a integração do setor público mais próximo ao setor privado. Não é uma integração clara no dia a dia, mas comparando ao que a gente tem no Brasil, acho que existe uma relação bem mais próxima e muito fortalecida pela academia. Juiz de Fora tem alguns movimentos bem interessantes nessa complementariedade que deveria ser a base do sistema da saúde. O que nós esperamos de saúde suplementar versus saúde pública é essa complementariedade de fato. Na cidade, historicamente, já existe uma boa origem nesse plano de complemento. Também acho que um ponto muito forte é fazer com que a academia participe mais ativamente da saúde local. Juiz de Fora tem um bom sistema formador, acadêmico, mas acaba perdendo essas pessoas. Acho que esse é um dos grandes desafios a resolver. Há outro lado positivo mais voltado à essência do cuidado. Uma preocupação quanto à saúde do indivíduo e não somente mercantil. As academias estão muito alinhadas com esse desenvolvimento, menos com foco na especialidade, mais com foco em cuidado. Por mais que o desafio ainda seja longo, ele é bem mais alinhado do que no resto do Brasil a meu ver. É um grande desafio de fazer isso na prática, porque há rotatividade maior dos profissionais e também uma deficiência quando falamos do aparelho privado, empresas, indústrias mais próximas sustentando isso. Há um desafio muito grande em manter o sistema curador, hospitalar ainda tido como peça fundamental do sistema de saúde de Juiz de Fora. Ele é sim, extremamente importante. Porém, já estamos no momento em que precisa ser visto como especialista e não como base de cuidado. Esse é um grande desafio quando olho para a saúde local apesar dos vários pontos positivos.  

 

TENDÊNCIAS 

 

Eu posso dizer que eu tenho um lado muito otimista e um lado meio magoado, digamos assim. Viemos de um movimento muito claro, falando sobre necessidades do futuro da saúde, talvez um pouco alienado do ponto de vista prático antes da pandemia. Ela trouxe um ponteiro na realidade. Por vezes, estávamos falando mais sobre tendências e necessidades de mudança em eventos de transformação do que se dava na prática, na ponta. A pandemia botou luz onde a maturidade realmente estava. Durante esses dois anos, muito se falou na aceleração, principalmente, a partir da tecnologia que a pandemia nos obrigou a usar. Mas também acho que não foi uma aceleração, mas simplesmente a constatação da sua importância. Vejo hoje, infelizmente, muitos passos voltando, que é uma questão estruturante de defesa do mercado. Quando a crise vira financeira, a gente se transforma naquilo que somos de verdade, mostra a garra daquilo que mais nos segura ao chão. As pessoas estão mostrando as garrinhas, aquilo na qual se seguraram até agora. Nunca se teve tanta clareza sobre qual é o grande desafio da saúde no curto prazo. A gente tem uma tendência muito clara de transformação, a partir do consumidor de saúde, não do doente, não do paciente, não daquela pessoa que está exclusivamente com necessidade de cuidado. Acho que se criou uma concepção maior das nossas necessidades, do que efetivamente queremos daqui para frente. Como cidadãos, temos clareza maior do que efetivamente é saúde e o quanto nosso sistema é escasso.  

 

CRISE E CRIATIVIDADE 

 

Há uma tendência de aceleração, como outros diversos mercados, que vem a partir do clamor do cliente. Por outro lado, também acho que a gente vive uma tendência muito clara de escassez, porque há uma crise que não é mais sanitária. É uma crise que é econômica e, ao mesmo tempo, de inflação, de custo em saúde. É doido isso, porque não é novidade. Essa conta não fecha há muito tempo. Só que agora ela não fecha junto a várias outras e, por isso, temos uma escassez ainda maior. Na zona de futuro, a preocupação muito clara é sobre quem vai conseguir se sustentar para fazer essa transformação. Estou um pouco otimista nesta virada de ano, no pós-Covid na prática. Mas há uma questão política muito polarizada que foca pouco em resultado. Vamos ter que cair na real, e que, em 2023, façamos algumas mudanças. Na escassez, a criatividade precisa existir. Enquanto está sobrando dinheiro, a gente gasta o que não deveria. Por isso, ainda acredito muito nesse cenário que nos torna mais competitivos, inclusive do ponto de vista de criatividade. Não posso te dizer que a gente vira mais colaborativo, porque não acho que seja a nossa realidade ainda. Acho que a gente até se distanciou um pouco mais disso, mas, pelo menos na competitividade, a possibilidade de criação é maior a partir da escassez. Acredito em um cenário de transformação mais acelerado daqui para frente.  

 

TECNOLOGIA 

 

Falar de tecnologia hoje é falar de algo que a gente tem que comer igual feijão e arroz. Não consigo pensar nisso separado. Tecnologia é sustentabilidade dos negócios e não mais algo que inova somente. Trazer a tecnologia para a saúde é sinônimo de sustentabilidade, escalabilidade, acesso. Precisamos da tecnologia para resolver desafios exponenciais, de maneira que não nos restrinjam mais ao atendimento físico e analógico. O digital é peça fundamental para isso. Daí porque investir em tecnologias é ainda mais imprescindível. Também acredito que seja outro momento de uso de tecnologia. A gente tem que ter consciência de que ela não é mais pioneirismo. Penso em tecnologias diversas, inclusive tecnologia de cuidado em saúde, acadêmica. Falar de uma academia que não tem mais tempo para sofrer os ajustes que acontecerão linearmente daqui para frente. Ela precisa de algumas disrupções mais objetivas, vindas pela própria tecnologia. Não se admite mais que a gente tenha um modelo de educação, por exemplo, totalmente voltado a passar informação e que ainda converge ou discute com experiência prática, por exemplo. A tecnologia, na sua amplitude, que não só digital, precisa ser vista como base. Como é que seremos capazes de explorar 70% de tecnologias que estão disponíveis no mundo para usar efetivamente em negócios? Esse número é incrivelmente verdadeiro. Usamos apenas 30% do que criamos. Precisamos pensar em como melhorar os negócios a partir dela. Inovação é o assunto do momento, mas não aquela do post-it, dentro de uma salinha em que as pessoas fingem que estão em Gramado, onde todo mundo para na faixa de segurança, por exemplo.  

 

INOVAÇÃO 

 

A inovação que a gente precisa agora é transversal aos negócios e às matérias que estamos trabalhando, para resolver problemas no dia a dia de fato. Não pode mais ser vista como tema de evento, como um workshop. É matéria de futuro, de gestão. Para mim, hoje, só faz sentido falar de inovação como matéria comum, sabendo que ela tem capacidade de acelerar esse processo. A inovação em saúde tem o mesmo passo da inovação na educação. Não podemos mais falar do que não for projeto real. Na escola Hub, por exemplo, os alunos aprendem a partir de um campo de interesse. É um modelo de aprendizagem que propõe um entendimento maior do que percebem de conteúdo. Escuto, dentro das várias empresas onde atuo, que a saúde só vai mudar quando mudar a educação. Fico bravo, mas, ao mesmo tempo, reconheço que é hora de mudar a educação. Hora de mudá-la junto com nossa percepção. As pessoas deram conta que só com cura não fazemos saúde. Se na educação a prova remete a um falso nível de conhecimento, o check-up em saúde remete a um falso garantidor, sobretudo na segurança. Saúde precisa fazer parte do nosso hábito diário.  

 

POLO REGIONAL DE SAÚDE  

 

Tenho um campo crítico para realidade. A gente fala sobre um polo e eu não vejo isso na Zona da Mata ainda. Vejo várias iniciativas separadas com um total potencial para existir como polo. Uma zona que tem como característica inclusive a saúde como uma de suas referências de conhecimento, de empreendedorismo. Sempre me falam que é uma zona, mas na prática tem municípios separados. Acho que tem um grande potencial para se transformar em polo, mas é preciso que algumas casinhas ou caixinhas caiam, para que haja essa potência que só é possível quando iniciativas se juntam para criar mudanças. 

Praça é o terceiro “P” do marketing apresentado na Jornada da Rede Empreendedora

A publicitária Ciane Lopes foi a convidada para conversa com os empreendedores   

 

A Jornada da Rede Empreendedora chegou ao seu terceiro encontro com a participação da publicitária e especialista em Marketing Digital, Ciane Lopes, que apresentou conteúdo sobre Praça dentre os conceitos dos 4P’s (preço, produto, praça e promoção) do marketing. Ela, que atua há mais de 15 anos como estrategista, consultora e facilitadora de treinamentos, ressaltou a importância da Rede Empreendedora para networking. Quando os empreendedores se juntam, conseguem ter visão mais ampla de seus negócios, contribuindo para o fortalecimento e a adoção de novas iniciativas.  

 

Ciane destacou que considerar canais de distribuição, pontos de venda, regiões de interesse, locais para estoque, frete e logística são importantes, porque impactam na oferta do produto, na forma de comunicar com o cliente e na escolha dos melhores canais para alcançar o público alvo. A publicitária explicou, ainda, como o empreendedor deve escolher sua praça, sua região de atuação, mesmo quando o negócio é só virtual.  

 

“Seria muito bom que nós tivéssemos todos os aspectos perfeitos para comercializar nosso produto, mas, infelizmente, isso não acontece. Por isso, vamos adequando as técnicas às nossas realidades. O primeiro ponto é conhecer o seu público, entender se o seu produto ou serviço fica próximo do maior perfil de compra. Além disso, é fundamental se importar com a visibilidade, para identificar se o produto ou serviço possui a vitrine adequada e se isso facilita a compreensão do negócio, uma vez que o objetivo é chamar ainda mais a atenção do cliente, aproveitando ao máximo as oportunidades de ampliá-la”, explica.  

 

A publicitária também abordou outros pontos que são relevantes em relação à Praça, como, por exemplo, ser acessível, ter fluxo de pessoas (tráfego é importante em meio físico ou virtual), presença da concorrência, potencial de crescimento e até mesmo o cuidado com os detalhes que podem impactar o negócio, como a poluição sonora. É imprescindível ainda avaliar a infraestrutura e a segurança. “Outro fator muito importante é o investimento em dados. O geomarketing é um setor de pesquisa do marketing que apoia as empresas na escolha da melhor região e localização para seus negócios”, observa Ciane.  

 

O atendimento, segundo a especialista, é fundamental para conquistar e manter o cliente. De acordo com pesquisa da América Society Quality (ASQ), entidade que é referência mundial em estudos de práticas e ferramentas voltadas à qualidade, o mau atendimento e a indiferença são responsáveis por 65% na perda de vendas pelas empresas.  

 

Como especialista em WhatsApp Business, Ciane ainda explicou como usar a ferramenta da melhor forma possível para aumentar o faturamento, assim como abordou sobre os erros mais cometidos pelos empreendedores. Para finalizar deu as seguintes dicas extraídas do livro “Os quatro compromissos”, de Don Miguel Ruiz. “Seja impecável com a sua palavra, não leve nada para o lado pessoal, não tire conclusões e dê sempre o melhor de si”.